Os jovens acolhem Jesus para anunciar com alegria e esperança que a vida tem sentido, que a violência jamais é a saída para os conflitos que vivemosEntrevista com o doutor em filosofia Rodrigo Guerra López, diretor-geral do Centro de Pesquisa Social Avançada e membro da Academia Pontifícia para a Vida e do Conselho Pontifício Justiça e Paz.
Por que os jovens devem ir à JMJ do Rio de Janeiro?
O Papa Bento XVI convocou uma importante Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro; o Papa Francisco retomou esta iniciativa e imediatamente confirmou que estará presente no Brasil para anunciar, novamente, com o entusiasmo que lhe é característico, que juventude significa esperança.
Não é só a idade que traz essa grande energia e entusiasmo na vida; também Jesus, que veio nos salvar, continua jovem na Igreja, e os jovens são os que melhor podem recebê-lo e acolhê-lo, para anunciar com alegria e esperança que a vida tem sentido, que a violência jamais é a saída para os conflitos que vivemos na América Latina e que, no fundo, o cristianismo pode ser uma proposta de vida para as novas gerações.
No contexto de mudança de época, os jovens se encontram como desafiados, buscando novas certezas. Entre elas, está a de que é possível encontrar o cristianismo na vida. Pode ser uma delas que os oriente, para a vida, para renovar-se e livrar-se das correntes do pecado e da morte, que atingem todos nós, particularmente os mais jovens, que costumam ter a tentação mais perto quando não há ninguém para anunciar justamente que pode haver um caminho diferente para viver.
Então, eu considero indispensável que, na medida do possível, os adultos (que, muitas vezes, são os culpados por que nossos jovens sejam apáticos e não encontrem Jesus) motivem os jovens a ir ao Rio de Janeiro, para descobrir, na pessoa e na palavra do Papa, novos motivos para fazer o que muitas vezes nós não tivemos coragem de fazer. Como adultos, geralmente preferimos viver na comodidade e sem riscos.
A JMJ Rio 2013 será diferente com o Papa Francisco?
Penso que esta vez será diferente, assim como ele é diferente em sua pessoa e em seus acentos pastorais, tão chocantes, tão claros e tão contundentes. Também me parece que os jovens podem ir com a certeza de que algo grande, bom e novo pode acontecer em suas vidas se escutarem com atenção as palavras e observarem o testemunho do Papa Francisco.
É claro que são dois estilos de pontificado diferentes: o de um Papa teólogo, reflexivo, já idoso, e o Papa Francisco, que também é um homem de idade, mas que, com grande força, está nos convidando a ir aos confins do mundo e da Igreja, a preferir sempre o risco de sair à missão, ainda nos espaços e ambientes mais polêmicos, do que permanecer fechados.
Ele diz isso porque uma Igreja que se fecha em si mesma acaba cheirando mal. É preferível correr o risco da aventura missionária para, dessa maneira, colocar nossa fé à prova, fortalecer nossa fé na hora de compartilhá-la e, dessa maneira, anunciar ao mundo que o cristianismo é uma proposta viva e que jamais deve ser declarado morto, quando é possível que exista nos jovens um novo acolhimento, como o que parece ser que o Papa Francisco pretende buscar na Jornada Mundial da Juventude.
JMJ dará esperança para superar os conflitos vividos na América Latina
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