Pesquisas científicas produzem provas constantes de que, ao ignorar a doutrina moral católica, nós prejudicamos a nós mesmos
A doutrina católica tem sido desafiada continuamente pelo “triunvirato” formado pelos âmbitos da universidade, da mídia e do governo. Muitos de nós, católicos, também nos vemos desafiados em nossa vida diária a deixar de lado as nossas crenças no contexto das nossas carreiras profissionais, do nosso exercício da paternidade e do nosso modo de vida.
Os católicos adultos precisam entender e abraçar decididamente a doutrina católica com seu intelecto e com a sua razão. Não podemos nos contentar em acreditar e aceitar o ensinamento da Igreja só porque os nossos pais e professores "nos disseram assim". Neste processo, podemos entrar em conflito com alguns ensinamentos em particular devido às nossas próprias falhas, falta de boa catequese e outras razões. E, mesmo como adultos, a nossa fé pode ser desafiada quando a vida e as práticas de pessoas que respeitamos e amamos contradizem a doutrina católica. Quando isto acontece, eu tento ver a relevância da minha fé para a vida delas.
Os valores defendidos pela Igreja podem parecer duros demais e até mesmo injustos para o nosso “viva e deixe viver”. É compreensível que muita gente acredite hoje que a Igreja está fora de sintonia com o mundo moderno e que os seus ensinamentos não são mais relevantes.
Mas o que é incrível (e certamente não é intencional) é o fato de que a ciência moderna, que muitos acham que é a antítese ou pelo menos uma grande inimiga da doutrina católica, em realidade confirma a verdade, o valor e a relevância do que a Igreja tem ensinado há 2.000 anos. Aqui vão dez exemplos:
1. A Igreja ensina que o orgulho é a raiz de todos os vícios. Estudos de psicologia mostram que o narcisismo e o pensamento irracional estão em ascensão, especialmente em nossa geração mais jovem. Este fenômeno está criando uma "comunidade" desconexa, desencantada e confusa. Os traços dos narcisistas – egocentrismo, autoestima inflada, falta de empatia, agressividade – são prejudiciais para os outros, para a sociedade e até para os próprios narcisistas.
2. A Igreja ensina que a gula e a preguiça minam os valores da alimentação e do descanso saudáveis, criando condições insalubres que ameaçam a mente, o corpo e a alma. O "Journal of the American Medical Association" relata que quase 70% dos norte-americanos estão acima do peso ou obesos, que a obesidade é uma ameaça significativa para a saúde mental e física e que, em breve, ela ultrapassará o tabagismo como a principal causa de morte no país.
3. A Igreja ensina que a luxúria nos leva a tratar o corpo humano como uma mercadoria física em vez de um aspecto da totalidade da pessoa humana – um todo inseparável, composto de corpo, mente e alma – que é a obra-prima da criação de Deus e que vai viver para sempre. Hoje, os lucros da pornografia, só nos Estados Unidos, excedem as receitas combinadas de grandes grupos de mídia como a CBS, a ABC e a NBC (Kimmel, 2008).
4. A Igreja ensina que um casamento válido é para sempre e é indissolúvel. As ciências sociais têm demonstrado que os filhos criados dentro de uma família intacta, com os pais biológicos casados um com o outro, são notavelmente mais beneficiados que as crianças que crescem dentro de outros arranjos familiares, que estão associados com muito mais frequência a diversos tipos de prejuízos sociais, psicológicos, emocionais e acadêmicos.
5. A Igreja ensina que o controle artificial da natalidade viola a lei natural. A Organização Mundial da Saúde classifica os contraceptivos orais como substâncias cancerígenas, junto com o amianto, o radônio e o plutônio, com a diferença de que os contraceptivos estão muito mais disseminados.
6. A Igreja ensina que o medo impede o amor e que, acima de tudo, devemos confiar no cuidado providencial de Deus. Estudos mostram que a ansiedade é a queixa psicológica número um de jovens e adultos (ver, por exemplo, Cartwright-Hatton, McNicol e Doubleday, 2006; Muris e Steerneman, 2001). Em níveis não saudáveis, a ansiedade está associada com uma miríade de resultados negativos para a saúde.
7. A Igreja ensina que os atos homossexuais não são uma expressão saudável da sexualidade humana. Um estudo do "International Journal of Epidemiology" concluiu que o risco de transmissão do HIV é 18 vezes maior durante a relação sexual anal do que na relação sexual vaginal.
8. A Igreja ensina que toda a vida humana é sagrada desde a concepção até a morte natural e que cada pessoa é merecedora do nosso amor e cuidado. As Associações Psicológicas e Psiquiátricas Norte-Americanas condenam veementemente a discriminação contra pessoas com deficiência cujos cuidados médicos, felicidade e subsistência são frequentemente ameaçados por outros (curiosamente, porém, eles apoiam o "direito" de se abortarem pessoas com deficiência).
9. A Igreja ensina que o sexo antes do casamento prejudica a união amorosa e o bem-estar de cada indivíduo e do casal como tal. A Academia Americana de Pediatria relata que os adolescentes sexualmente ativos são mais propensos à depressão e ao suicídio e ao uso de substâncias ilícitas, além de correrem um risco significativo de contrair uma ou mais doenças sexualmente transmissíveis, muitas das quais são incuráveis.
10. A Igreja ensina que a ganância cria uma sociedade em que algumas pessoas são exploradas para gerar o lucro de outros e que os explorados sofrem demais para suprir as próprias necessidades básicas. O U.S. Census Bureau relata que continua a crescer a diferença entre ricos e pobres nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo. Este também é o caso no mundo todo: a disparidade entre o Produto Interno Bruto dos 20 países mais pobres e dos 20 mais ricos mais do que duplicou entre 1960 e 1995.
Muitas pessoas preferem evitar temas como a ganância, a luxúria, o orgulho, o controle da natalidade e a gula: acham “desagradável” levantar questões morais de qualquer espécie. Mas se nós realmente nos preocupamos com o bem-estar das nossas famílias e dos nossos amigos, agora e na eternidade, assim como com o futuro da sociedade, precisamos manter essas conversas claras nos momentos apropriados. Felizmente, podemos começar essas conversas mencionando as descobertas da ciência, que as pessoas hoje aceitam mais facilmente como verdade do que os ensinamentos de Nosso Senhor e da Igreja que Ele fundou.
Há quem diga que a Igreja não é mais relevante no século XXI. Mas, dados os graves danos que as pessoas estão infligindo a si mesmas e aos outros ao ignorarem ou negarem a doutrina católica, parece que estas verdades são mais necessárias hoje do que nunca.