Você já quis muito alguma coisa e, quando estava prestes a conquistá-la, essa coisa já não lhe parecia tão atraente?
Eu quero, quero e quero!
E de preferência, quero agora!
Se identifica?
O querer nosso de cada dia vem recheado de expectativas e ansiedades, mas será que queremos de verdade?
Você já quis muito alguma coisa e, quando estava prestes a conquistá-la, essa coisa já não lhe parecia tão atraente?
Você já quis muito uma coisa e quando seus dedos estavam próximos a tocá-los, você mudou de ideia?
Pois é…Isso aconteceu comigo também!
Ouvi muitas vezes que não tinha foco ou que não sabia o que queria, ou ainda, que era “maria vai com as outras”…Mó tristeza! Me sentia um ser humano com defeito.
Com o passar do tempo, com o autoconhecimento e com a maturidade, percebi que nosso querer muda conforme nossas necessidades do momento.
Lembro-me de uma época da vida, querer muito fazer um mestrado…me desdobrei para isso e quando estava sendo aceita, parei…perdeu a graça e perdeu o sentido. Na época pensei que fosse falta de determinação, hoje vejo que não queria fazer um mestrado e que queria sim, ser aprovada, ser aceita, e, isso me satisfez.
Em outra ocasião, queria muito um determinado carro, igual de uma amiga de trabalho. Sonhava com ele, pensava em como seria bom dirigi-lo e, depois de muito tempo comprei o modelo tão sonhado…e, adivinha? Antes mesmo de terminar de pagá-lo, ele não trazia nenhum tipo de satisfação para mim, ao contrário, toda vez que tinha que pagar a prestação, me lamentava.
Eu precisava mesmo daquele carro naquela época? Na verdade não. Era um querer passageiro e material que me custou horas de trabalho suado.
O que quero te dizer hoje é que muitas vezes queremos aquilo que não queremos.
Queremos algo que a sociedade quer para nós.
Queremos algo que não nos trará felicidade plena.
Queremos algo que nos insira em um grupo social.
E por que queremos o que não queremos?
Porque deixamos que o outro queira por nós e porque de fato, não temos certeza das coisas que nos deixam felizes.
Fazer essa distinção entre seu próprio querer e o querer imposto é um exercício interno intenso. É necessário limpar os desejos e dar espaço ao essencial, ao que te completa, ao que te inspira e te traz paz.
Me perguntam: qual é o verdadeiro sentido da vida?
E eu respondo: buscar o querer que traz plenitude, felicidade e contribuição.