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Como ensinar meus filhos a lidar com a raiva?

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Aleteia Vaticano - publicado em 18/08/15
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Dicas que valem também para os adultos
A raiva é uma emoção humana totalmente normal e, em geral, saudável. No entanto, quando perdemos o controle dessa emoção e ela se torna destrutiva, pode causar muitos problemas nas relações familiares e na qualidade de vida em geral.
 
A raiva é um verdadeiro problema quando não sabemos reconhecê-la, expressá-la e canalizá-la. Por isso, precisamos ajudar nossos filhos a reconhecê-la, para poder lidar com ela adequadamente.
 
A maioria das famílias não sabe como lidar com a raiva, não a resolve, e acaba vivendo dentro de uma panela de pressão. É preciso ter um plano para limitar a intensidade e evitar suas consequências, para não passar da frustração à ira e à amargura. Para isso, sugerimos:
 
1. Ajudar os filhos a entender que sentir raiva é bom para identificar problemas, mas não para resolvê-los.

Este é o primeiro passo para ensinar a canalizar positivamente a raiva.
 
Deus nos criou como seres com emoções, que nos ajudam a perceber o que está acontecendo ao nosso redor. A raiva, em particular, mostra que existe um problema; revela coisas que estão mal e que nos fazem sentir-nos mal.
 
Algumas dessas coisas se encontram dentro de nós e requerem que ajustemos nossas expectativas. Outros problemas estão fora do nosso controle e precisam ser tratados de maneira construtiva.
 
2. Identificar os primeiros sinais da raiva
 
As crianças não sabem reconhecer a raiva (e nós, adultos, também não); muitas vezes fazem um teatro antes de perceber que estão raivosos. Identificar os sinais prévios ajuda a estar mais conscientes dos próprios sentimentos.
 
Estas são algumas atitudes nas crianças que indicam que estão ficando com raiva ou a ponto de perder o controle: corpo tenso, mandíbulas apertadas; aumento da intensidade da fala, palavras grosseiras, tom de voz alterado; inquietude, isolamento, ficar calado, fácil de provocar; ruídos com a boca, como rosnar, ou respiração mais pesada; caretas ou gestos de indiferença.
 
Aprendamos a reconhecer estes sinais que mostram que nosso filho está começando a ficar frustrado. Uma vez reconhecidos, ensinemos as crianças a reconhecê-los também. Eventualmente, as crianças serão capazes de passar da emoção à ação concreta, mas primeiro precisam reconhecer os sinais de que sua raiva está se intensificando.
 
3. Respirar lentamente e contar até dez
 
Precisamos ensinar nossos filhos, com o exemplo, a dedicar alguns minutos a acalmar-se, a separar-se da situação que está sendo difícil, e ficar uns minutos a sós. Uma das respostas mais saudáveis à raiva é dedicar um tempo a refletir sobre as coisas. Durante esse tempo, a criança pode pensar novamente na situação, acalmar-se e decidir o que fazer depois (isso não é um castigo por mau comportamento, mas permite que a criança faça ajustes internos).
 
O tempo que a criança deve ficar sozinha é determinado pela intensidade da emoção. Pode ser um tempo curto, suficiente apenas para respirar profundamente e prosseguir, se for o caso. Já a criança que está fazendo birra talvez precise sair do lugar em que está até acalmar-se por completo.
 
É preciso haver sempre uma conclusão positiva quando a criança voltar mais tranquila. Esta é uma maneira de mostrar, com o exemplo, que vocês confiam nela, assim como Deus confia em nós, apesar das nossas birras, raivas e desobediências.

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