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O Papa Francisco renuncia definitivamente à residência de verão de Castel Gandolfo

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Isabelle Cousturié - Aleteia Brasil - publicado em 21/10/16
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Decisão inesperada põe fim a uma tradição de 420 anosDois anos depois de abrir aos turistas os jardins deste palácio histórico, o Papa Francisco decidiu abrir também para o público os apartamentos privados da residência de verão dos papas em Castel Gandolfo, renunciando de forma definitiva ao uso do local para suas próprias férias.

A partir desta sexta-feira, os visitantes poderão conhecer por dentro esse remanso de paz que tinha sido adquirido pela Santa Sé em 1596, como pagamento de uma dívida familiar dos Gandolfo-Savelli. Em 1626, a propriedade se tornou residência de verão dos pontífices.

Os papas Pio XII e Paulo VI faleceram lá, respectivamente em 1958 e 1978. São João XXIII e São João Paulo II, que apelidava o local, com bom humor, de “Vaticano II”, se transferiam para Castel Gandolfo no verão, conforme a tradição também seguida por Bento XVI.

O Papa Francisco, até o momento, não teve férias. Quando é obrigado a descansar, ele se limita, resignado, a cancelar algum evento e repousar na própria Casa Santa Marta, o local que escolheu como seu domicílio em vez do Palácio Apostólico: “Não posso viver sozinho ou com um grupinho pequeno. Preciso de gente, me encontrar com as pessoas, falar com as pessoas”, afirmou ele ao explicar a decisão, logo no começo do seu pontificado.

 

Castel Gandolfo, uma villa italiana repleta de história

Os cinco hectares de natureza e arte repletos de história abrangem a villa Barberini e também a antiga villa do imperador Domiciano, o último e cruel imperador da dinastia Flávia, com belíssima vista do lago Albano, nas proximidades de Roma.

A villa, que também alberga o telescópio do Observatório Vaticano, foi dotada de eletricidade em 1934. A partir de 1943, ela foi usada por Pio XII como local de esconderijo para proteger mais de 3.000 judeus que fugiam da perseguição nazista.

Remodelações arquitetônicas foram confiadas ao mestre romano barroco Pietro da Cortona, contemporâneo de Bernini. Para esta abertura aos visitantes, não há nenhuma transformação estrutural prevista.

Desde 11 de setembro de 2015, turistas e peregrinos contam ainda com um pequeno trem que os leva da Cidade do Vaticano até Castel Gandolfo.

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