“O espírito do Evangelho, ao contrário, requer um estilo de vida sério e compromissado, marcado pela honestidade”Em um discurso recente, o Papa Francisco comparou a corrupção ao vício em drogas, pois o corrupto pensa que pode parar quando quiser, mas na verdade não é bem assim.
Uma reflexão do Papa em uma oração do Angelus de setembro passado, Francisco falou aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro sobre a diferença entre a “astúcia mundana” e a “astúcia cristã”.
“A mundanidade se manifesta com comportamentos de corrupção, de engano, de opressão, e constitui a estrada mais errante, a estrada do pecado, mesmo se é aquela mais cômoda de ser percorrida. O espírito do Evangelho, ao contrário, requer um estilo de vida sério e compromissado, marcado pela honestidade, correto, no respeito aos outros e de sua dignidade, com senso de dever. Esta é a astúcia cristã!”, esclareceu o Papa.
Escolha justa
Francisco afirmou que o “percurso da vida comporta uma escolha entre duas estradas” opostas.
“Não se pode oscilar entre uma e outra, porque se movem sobre lógicas diferentes e contrastantes. É importante decidir qual direção tomar e, a seguir, escolhida aquela justa, caminhar com impulso e determinação, confiando na graça do Senhor e no apoio de seu Espírito”. disse.
Único Patrão
Jesus – prosseguiu o Papa – “hoje nos exorta a fazer uma escolha clara entre Ele e o espírito do mundo, entre a lógica da corrupção e da cobiça, entre aquela da retidão e da partilha”.
“Alguns se comportam com a corrupção como com as drogas: pensa que pode usá-la e parar quando quiser. Porém, a corrupção vicia e gera pobreza, exploração e sofrimento. E quantas vítimas existem hoje no mundo, desta corrupção difusa. Quando, ao contrário, procuramos seguir a lógica evangélica da integridade (…) servimos ao patrão justo: Deus”.
(Com Rádio Vaticano)