Região é considerada a “joia” do catolicismo, mas o número de fiéis tem diminuído A Igreja Católica no Brasil, com 149.550.000 membros e no México, com 111.000.233 são, historicamente, as “joias” do catolicismo mundial (e da América Latina, em particular).
Aqui está o bom exemplo da semente plantada com amor desde o ano de 1492, quando Colombo topou com o “Novo Mundo”. No entanto, as coisas mudaram. Em maio de 2007, em Aparecida, os bispos de todo o continente, encabeçados pelo então cardeal de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, lançaram um pedido de ajuda: não temos mais que sorrir. Temos que agir e pronto.
Por que um Papa argentino?
Talvez uma das principais razões de um latino-americano ter sido escolhido o primeiro Papa do “Novo Mundo” tenha sido a diminuição constante do rebanho na região mais católica do mundo.
Basta lembrar que, em 1970, 92% dos habitantes da América Latina eram católicos. Hoje, segundo uma empresa de pesquisas do Chile (a Latinobarómetro), são 59% .
É importante destacar também que outro instituto, o Pew Reserch Center, diz que 69% da população da América Latina é católica.
As projeções, entretanto, mostram que a região não será mais a “joia” do catolicismo em 2030: a África terá mais católicos.
A Europa, por outro lado, está se perdendo. O berço do catolicismo abriga atualmente apenas 22% da população católica do mundo. Então, os cardeais, depois da renúncia de Bento XVI, dirigiram seus olhos para a América Latina. Foi uma forma de controlar a hemorragia que estava sofrendo Igreja Católica.
Francisco conseguiu deter o êxodo de católicos?
A pesquisa do Latinobarómetro é a primeira a revelar que, quase cinco anos depois de iniciado seu papado, o pontífice argentino não conseguiu controlar a saída de milhares de pessoas da fé católica. De acordo com o estudo, o percentual de católicos na América Latina caiu oito pontos desde que Francisco foi eleito.
A queda mais acentuada foi no Chile. A população católica do país passou de 56% em 2013 para 45% em 2017. Parte disso se deve à crise aberta pelos encobrimento de casos de abusos sexuais pelo clero.
Honduras, segundo a pesquisa, é o primeiro país da região em que os protestantes superam em número os católicos: 39% da população é protestante e 35% católica.