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Da Nasa para o convento

LIBBY OSGOOD
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ACI Digital - publicado em 19/09/18
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Engenheira espacial abandona carreira de sucesso para ser freira Libby Osgood trabalhou como engenheira aeroespacial na NASA e como professora em uma universidade dos Estados Unidos até o dia que decidiu deixar tudo para ser religiosa.

Em 26 de agosto de 2017, a engenheira de 35 anos entrou como noviça na Congregação de Notre Dame, cujo carisma é a educação.

Em declarações à CTV News, Osgood indicou que tomou um ano sabático da sua profissão de professora na ‘University of Prince Edward Island’ (UPEI) para dedicar-se ao noviciado. Esta mulher de origem canadense também fez um Doutorado em engenharia mecânica e já ensinou mais de 12 cursos sobre a sua especialidade.

Osgood começou a trabalhar como engenheira de sistemas na NASA aos 23 anos. O seu primeiro trabalho era assegurar-se que os cientistas preenchessem os documentos necessários para verificar que um satélite fosse lançado como estava previsto.

Depois, foi crescendo em sua profissão, mas não professava nem praticava a sua fé no trabalho, pois este era um tema que não podia ser falado abertamente. Inclusive tinha que colocar o crucifixo que herdou de sua avó embaixo da sua roupa.

Em 2010, Osgood voltou para o Canadá e se estabeleceu na cidade de Charlottetown, onde a NASA tem uma estação espacial. Lá também começou a ensinar na “University of Prince Edward Island”.

A jovem contou que se sentiu apoiada pela comunidade católica de Charlottetown e que isso a ajudou a não ter medo de expressar a sua fé.

“Acho que foi muito difícil admitir que o que eu realmente queria fazer ia contra a corrente e poder expressar aos outros”, indicou.

“Mudar, dizer aos outros que sempre carregava cruzes, que sempre ia à missa nunca foi um segredo, mas admitir às pessoas que a Igreja e Deus são uma parte muito grande na minha vida era algo que eu não tinha feito”, contou à CBC News.

Em 2012, Osgood começou a pensar no chamado à vida religiosa. Uma das experiências que marcou a sua fé e a ajudou a tomar uma decisão em relação à sua vocação foi quando o Irmão jesuíta Guy Consolmagno, Doutor em Ciências Planetárias, astrônomo e atual diretor do Observatório do Vaticano, visitou a cidade.

Ao escutá-lo, a jovem pôde abrir a sua mente à ideia de que “a ciência e a religião podem coexistir”. Ela admitiu que tinha dúvidas sobre tornar-se religiosa porque “gostava demais da engenharia, mas percebi que poderia ser engenheira e religiosa ao mesmo tempo”.

“Posso fazer essas duas coisas e viver mais plenamente a minha vida”, expressou à CTV News.

Osgood comentou que quando ela anunciou a sua decisão de ser religiosa, outros cientistas que acreditavam em Deus enviaram suas mensagens de apoio.

A jovem canadense estará durante dois anos no noviciado na casa da Congregação de Notre Dame, em Nova York, e, depois de realizar os seus votos, planeja voltar para Charlottetown para desenvolver a sua missão pastoral como religiosa e continuar o seu trabalho como professora na UPEI.

A religiosa manifestou que embora talvez possa haver uma mudança muito radical no passo do ensinamento das ciências a viver em um convento, considera que o estudo científico e espiritual se complementam e que ambos são expressões do amor de Deus.

“A razão pela qual nos interessamos ​​pela ciência é porque vimos as estrelas e nos perguntamos o que era isso”, indicou e disse que ao unir a religião e a ciência “consegue ter uma imagem melhor”.

“Eu me sinto tão realizada. Sinto que antes várias peças do quebra cabeça estavam espalhadas e agora todas se encaixam. Com a perspectiva da ciência e da religião, estou aprofundando nas minhas duas paixões e vendo como outras pessoas as uniram”, expressou.

 

(ACI Digital)

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