Alvo da vez foi a paróquia de Maria Auxiliadora. Diocese reage com desafio propositivo: “Ajudem a odiar o ódio e a construir a paz”O assim chamado “33º Encontro Nacional de Mulheres Autoconvocadas“, na Argentina, aconteceu este ano em Trelew, na província de Chubut, e, como de costume, terminou em ataque covarde contra uma paróquia na cidade.
Nesta ocasião, o alvo foi a paróquia de Maria Auxiliadora. O município também sofreu vandalismo: lojas, praças e casas particulares foram atacadas e pichadas com spray.
Nas horas anteriores aos ataques, a própria polícia de Chubut descobriu que alguns manifestantes estavam preparando coquetéis Molotov.
É comum que esse encontro feminista inclua na sua agenda alguma marcha de repúdio à Igreja Católica. Também é comum que durante esses encontros haja ataques incendiários à igreja escolhida como alvo, embora a organização do evento costume alegar que não teve responsabilidade alguma pelos atos de indivíduos particulares.
Nesta edição, câmeras de segurança gravaram os manifestantes provocando um incêndio, à noite, entre a cerca e a porta central da paróquia de Maria Auxiliadora. Os mesmos atos de vandalismo direcionado acontecem todos os anos.
É chamativo, ainda, que os próprios organizadores do evento deste ano insistiram em não querer policiais ou agentes públicos de segurança. No entanto, a polícia interveio assim que o caos começou – e prendeu dez pessoas.
A diocese de Comodoro Rivadavia emitiu um comunicado que procura ser conciliador, em contraste com a postura agressiva e fechada daquelas que se dizem “defensoras de direitos para todos”:
“A diocese de Comodoro Rivadavia considera que um encontro de reflexão é sempre uma instância a ser valorizada, ainda mais quando se trata de um encontro de mulheres, cuja palavra é muitas vezes silenciada ou subestimada. Mesmo que o tema das oficinas não nos deixe espaço, no geral, para discutirmos outras perspectivas, por termos posições bem definidas, parece-nos sempre necessário respeitar as opiniões dos outros. Deus conceda que esses espaços encontrem no religioso uma oportunidade e não uma ameaça e nos ajudem a privilegiar a reunião, a amar a todos sem excluir ninguém, a odiar o ódio e a construir a paz”.