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Tire os filtros; a realidade é muito melhor

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Luisa Restrepo - publicado em 29/11/18
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Sem percebermos, colocamos a máscara do “católico” feliz, mas estamos alucinados como qualquer outra pessoa nas redes sociais Vivemos em um mundo “filtrado”, em que a maior parte do vemos são publicações de corpos perfeitos, em alguma ilha tropical. Posts cheios de hashtags sobre beleza e sempre patrocinado por uma marca de um produto caríssimo. 

Vislumbramos a mensagem de “vida perfeita” que as imagens transmitem e chegamos, por instantes, a acreditar que tudo é realidade. Dizemos para nós mesmos que sabemos que existe uma humanidade alucinada por trás de cada publicação. Mas, mesmo assim, somos enganados e chegamos a acreditar, por um instante, que somos os únicos que vivemos em crise, que as pessoas que seguimos nas redes sociais são, de alguma maneira, imundes. 

Por isso, nós também tentamos fazer com que nossos corpos sejam ideais e nossa alimentação, chamativa. Vamos logo mostrando para o mundo que não estamos alucinados, enquanto as capas de revistas – cheias de filtros – nos trazem promessas vazias de aceitação. 

A vida real se torna turva à media que começamos a buscar novos lugares de interesse, atrações, produtos e pessoas para elevar o nível de nossas publicações. 

É verdade que, como católicos, nos esforçamos para sermos luz na escuridão de um mundo com filtros infinitos. Publicamos fotos com frases inspiradoras e testemunhamos como Deus mudou a nossa vida. Incluímos até um versículo bíblico na nossa bio do Instagram (mesmo que o tenhamos encontrado no Google).

Sem nos darmos conta, vestimos a máscara do “católico feliz”. Mas, na realidade, estamos alucinados como os outros. 

O problema é o mesmo em ambas as situações: queremos ser notados, seja para nossas identidades enganosas ou para o nosso perfil católico. 

Queremos mostrar que levamos a vida de católico corretamente. Queremos nos identificar, antes que os outros tenham a oportunidade de nos julgar. Mas isso nos leva a um sentimento de insuficiência.

O que significa, então, viver com autenticidade? Significa viver como somos, sem pretensões nem expectativas de sermos originais e sem rótulos. Significa viver na liberdade do que somos, não fazendo o possível para nos encaixarmos em algo que que não nos cabe. 

Quando deixamos ir o que queremos ser e descobrimos Quem nos fez ser, entramos em contato com nosso verdadeiro ser. Mas como? Veja algumas dicas: 

  1. Junte-se a novos grupos, experimente vários passatempos e atividades, procure diferentes formas de oração e use uma roupa que te deixe seguro. Isso pode parecer insignificante, mas, na realidade, essas práticas nos permitem conhecer quem somos de verdade e descobrir um novo amor pelas coisas que, de outra maneira, não o encontraríamos;
  1. Limpe suas redes sociais. Todos nós  seguimos algumas pessoas simplesmente porque esperamos que algum dia chamaremos a atenção delas e obteremos sua aprovação. No entanto, você vai se sentir livre quando deixar de segui-las. Desfaça-se das imagens que são falsas e destorcidas. Elas podem te machucar; 
  1. Se você está magoado, pergunte-se o motivo e tente chegar à raiz do problema. Não tape o sol com a peneira nem fuja dele. Permita que a dor seja bem vivida e que vá sarando. Permita-se sentir o que você sente com liberdade;
  1. A comunidade é essencial. Não há dúvida de que nos sentimos mais como nós mesmos quando estamos próximos de pessoas que realmente nos amam e desejam o melhor para nós. Quando nos rodeamos de pessoas que também lutam para serem autênticas, descobrimos um sentimento de pertença, confiança e liberdade. 

Enfim, quando entregamos a Deus tudo o que somos, cada aspecto de nossa vida se torna mais verdadeiro. Peça a Ele que te revele o seu eu autêntico e deixe que Ele te guie para o que você foi chamado a ser. Seja você mesmo através Dele!

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