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6 maneiras de ajudar a proteger a dignidade humana

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Javier Fiz Pérez - publicado em 19/12/18
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Deixe que esses princípios guiem seu comportamento diário em relação aos outrosA primeira atitude que devemos ter quando contemplamos nossa dignidade é a rejeição de qualquer coisa que torne os seres humanos um meio para um fim, não um fim em si e por si mesmos.

Não podemos tratar o ser humano como um objeto, uma “coisa”, um meio para atingir nossos objetivos pessoais. Esse imperativo moral pode assumir a forma de vários princípios que devem guiar nosso comportamento de maneira concreta.

O princípio do respeito

Em cada ação e intenção, em cada objetivo e cada meio, sempre trate cada pessoa – você mesmo e os outros – com o respeito que ela merece devido à sua dignidade e valor como pessoa.

Todo ser humano tem igual dignidade e valor intrínseco, devido à sua condição básica de ser humano.

O valor dos seres humanos é diferente do valor de outras coisas ao nosso redor, de coisas que usamos. As coisas têm valor com base na troca. Elas são substituíveis.

Os seres humanos, ao contrário, têm valor ilimitado, porque como indivíduos com uma identidade única, capazes de conhecer e escolher, são únicos e insubstituíveis.

O princípio do respeito exige que todas as pessoas, em geral, sejam tratadas com respeito. Objetos podem ser manipulados e usados, mas não pessoas: a liberdade de escolha de cada ser humano deve ser respeitada.

O princípio do respeito não se aplica apenas a outras pessoas, mas também a nós mesmos. Assim, por exemplo, o autorrespeito significa agir com integridade, qualquer que seja nossa profissão.

O princípio da boa vontade e não da má vontade

Em cada uma de suas ações, evite prejudicar outras pessoas e busque sempre o bem-estar delas.

Princípio do duplo efeito

Em suas ações, busque, acima de tudo, um efeito benéfico. Assumindo que, tanto em suas ações quanto em suas intenções, você trata a todos com respeito, assegure-se de que não haja efeitos secundários prejudiciais previsíveis desproporcionais ao bem que se segue do efeito primário de suas ações.

O princípio da integridade

Comporte-se sempre com a honestidade de um profissional autêntico, tomando todas as suas decisões com o respeito que você deve a si mesmo, de modo que você se torne digno de viver sua profissão em sua plenitude.

Ser profissional não significa apenas exercer uma profissão; também significa exercê-la com profissionalismo – ou seja, com profundo conhecimento de seu campo, com total lealdade às normas éticas, e procurando servir às outras pessoas e à sociedade acima de qualquer interesse egoísta.

O princípio da justiça

Trate os outros como eles devem ser tratados, ou seja, como seres humanos; seja justo, tratando todas as pessoas da mesma maneira. Trate cada pessoa de maneira semelhante em circunstâncias semelhantes.

A ideia principal do princípio da justiça é tratar as pessoas como deveríamos, como corresponde à sua igual dignidade. Isso pode se manifestar de maneiras diferentes, uma vez que existem diferentes tipos ou aspectos de justiça. Estes incluem justiça substantiva, justiça distributiva, justiça comutativa, justiça processual e justiça retributiva.

O princípio da utilidade

Supondo que tanto em suas ações quanto em suas intenções você trate todas as pessoas com respeito, sempre escolha essa forma de ação que produzirá o maior benefício para o maior número de pessoas.

O princípio da utilidade enfatiza as consequências de uma ação. No entanto, pressupõe que você tenha agido com respeito a todos os envolvidos. Se você tiver que escolher entre duas ações moralmente permissíveis, escolha aquela que tenha um resultado melhor para mais pessoas.

Há um critério fácil que você pode usar para determinar se está tratando alguém com respeito: pergunte a si mesmo se a ação que vai realizar pode ou não funcionar nos dois sentidos. Quer dizer, você gostaria que alguém lhe fizesse o que você está planejando fazer com outra pessoa? Esta é a ideia fundamental contida na Regra de Ouro: “Trate os outros como você gostaria que eles tratassem você”. Essa ideia não é exclusiva dos cristãos; é comum em muitas religiões e culturas.

 

Texto original escrito por: Javier Fiz Pérez e Matthew Green

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