O ambiente familiar influencia os hábitos que uma criança adquire e que se manifestam durante a adolescênciaAs novas tecnologias são excelentes porque melhoram a vida das pessoas. O problema surge quando há um uso nocivo da Internet – um uso negativo, em que as crianças e os adolescentes são mais vulneráveis, pois estão no meio do processo de formação de sua personalidade. Para os adolescentes de hoje, o mundo virtual é tão real como relações face a face.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que uma em cada quatro pessoas sofre de distúrbios de comportamento ligados às novas tecnologias.
Os games e a Internet hoje oferecem aos adolescentes a possibilidade de mergulharem em um mundo de fantasia para fugir da monotonia da vida cotidiana. Isso cria um paradoxo: por meio das redes sociais e da Internet em geral, os adolescentes não se apresentam como realmente são; em vez disso, eles projetam uma imagem artificial de si mesmos, o que reflete baixa auto-estima.
As mudanças físicas e psicológicas que os adolescentes experimentam os tornam mais emocionalmente inseguros. Consequentemente, às vezes os adolescentes podem buscar na tecnologia a segurança que eles não conseguem encontrar em si mesmos.
O ambiente familiar também influencia os hábitos que uma criança adquire e que se manifestam durante a adolescência. Em alguns casos, um vício em tecnologia pode ser causado por um problema preexistente, que precisa ser identificado. Por exemplo, a solidão e a falta de amigos podem levar um jovem a refugiar-se na tecnologia.
No final da década de 1980 e durante a década de 1990, surgiu no Japão um fenômeno que foi chamado de “hikikomori”. Isso se refere aos mais de dois milhões de casos relatados de adolescentes que se fecharam em seus quartos e interagiram apenas através da internet.
“Hikikomori” significa literalmente “puxar para dentro, estar confinado”. Refere-se a uma forma de isolamento social caracterizada pela rejeição de todas as iniciativas cuja finalidade é sair o quarto ou da residência da pessoa.
Alguns sintomas do vício
Muitos pais se perguntam se seus filhos são viciados em Internet e se isso pode levar a problemas de vários tipos. Aqui estão os sintomas ou sinais de alerta que podem ajudá-los a identificar um possível vício em Internet.
A pessoa acaba isolada da família, fechando-se porque pensa constantemente em conectar-se à internet sempre que tem tempo livre.
A rotina diária do jovem muda de tal forma que tudo ocupa o segundo lugar em relação ao seu interesse pela internet, que se torna o centro da sua vida.
O caráter da pessoa muda, ficando irritado e sujeito a mudanças bruscas de humor.
Ele demonstra menos interesse pelas relações sociais e parece ausente e distante durante as atividades do grupo.
Ele sofre de ansiedade se não consegue se conectar à internet e age como se isso fosse uma tragédia.
Além disso, alguns com um vício em internet geralmente apresenta desempenho acadêmico ruim.
Algumas sugestões para o que fazer se seu filho ou filha adolescente é viciado na internet:
Coloque o computador em uma área compartilhada da casa, como a sala de estar. Que os pais cometam o erro de colocá-lo no quarto do filho, caso em que é mais difícil para eles saberem o que os filhos estão fazendo na rede e ajudá-los a administrar o tempo gasto na internet.
Ensine seus filhos sobre como usar a Internet de forma construtiva. Informe-os sobre como é importante proteger suas vidas privadas e evitar publicar fotografias pessoais em redes sociais.
Converse com seus filhos adolescentes sobre essa situação para que você possa ajudá-los a perceber que algo está errado. A comunicação melhora as relações familiares e a saúde emocional dos membros da família.
Inicialmente, imponha um cronograma para que seus filhos aprendam a usar o computador e a internet como uma ferramenta, de maneira equilibrada e racional.
A maneira mais eficaz de fazer isso é estimular seus filhos com outros tipos de atividades, de modo que fiquem concentrados em outros interesses.
Quando você detecta o vício em internet, é importante agir com rapidez e eficiência.
Na área da educação, o melhor remédio é sempre a prevenção. É altamente recomendável que você fique perto de seus filhos desde o início, para que possa dar dicas sobre como usar essas novas tecnologias adequadamente.