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Documentário “Emanuel” é um testemunho poderoso da graça do perdão

EMANUEL
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Paul Asay - publicado em 18/06/19
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A profunda fé dos sobreviventes dos ataques em Charleston em 2015 vêm à tonaDeus conosco.

É isso que Emanuel – nome de uma igreja famosa em Charleston e nome de um novo e poderoso documentário – significa, de acordo com o Evangelho de Mateus.

Quando o profeta Isaías previu a vinda de um messias, ele disse que se chamaria Emanuel – um nome e um papel que Mateus explicitamente conecta a Jesus. E faz sentido: os cristãos acreditam que Ele era Deus encarnado, capaz de andar entre nós e conversar conosco, ensinar-nos e, afinal, salvar-nos. E enquanto o eu corpóreo de Jesus foi levado de volta para casa logo após a Sua ressurreição, cremos que Deus ainda está conosco. O próprio nome Emanuel significa também outra coisa para nós: esperança. Que nos tempos mais difíceis, nosso Deus nunca nos abandona.

Em 17 de junho de 2015, um supremacista branco de 21 anos chamado Dylann Roof tentou tirar essa esperança. Naquela noite, ele entrou na Igreja Episcopal Metodista Africana de Emanuel, em Charleston, participou de um estudo bíblico e, em seguida, abriu fogo contra as pessoas. Ele matou nove pessoas e saiu caminhando.

Diz um membro da igreja no documentário: “Se você quer machucar alguém ou algo, então você vai atrás do que é importante para ele”.

O documentário Emanuel, dirigido por Brian Ivie (e com a estrela da NBA Steph Curry e a atriz ganhadora do Oscar Viola Davis como produtores executivos), dedica um tempo para nos dizer por que a fé importa tanto. Aprendemos como as igrejas não eram apenas refúgios de esperança espiritual para os negros do sul dos EUA, tanto antes como depois da Guerra Civil, mas símbolos de autodeterminação. Conhecemos um pouco sobre a história deste templo chamado Emanuel – a igreja independente mais antiga do sul.

O documentário se debruça sobre a mentalidade e as motivações do atirador, e – através dos relatos de sobreviventes e parentes em luto – conduz-nos através desse dia sombrio.

Uma das histórias mais fascinantes vem de Nadine Collier, cuja mãe morreu no ataque. Quando ela soube que algo terrível estava acontecendo na igreja, ela correu para lá – esperando que fosse confortar sua mãe, possivelmente assustada, mas sem qualquer dano. Em vez disso, ela foi impedida de entrar na igreja: que já era a cena de um grande crime.

“Senhor, você não entende, minha mãe está lá”, ela se lembra de ter contado ao policial. “Eu preciso ver a minha mãe, eu preciso tocá-la, eu preciso abraçá-la pela última vez”, mas eles não a deixaram entrar.

“Tudo o que eu tinha no mundo se foi”, ela termina, chorando. “A última vez que vi minha mãe, ela estava em um caixão.”

Nós entendemos sua dor, seu horror, seu vazio. A maioria das pessoas em sua posição gostaria que a justiça do Antigo Testamento destruísse o assassino.

Mas Emanuel, no final das contas, não é apenas a história de uma tragédia. É sobre o que aconteceu depois.

Em uma audiência realizada menos de 48 horas depois do ataque, o atirador, Dylann Roof, algemado, em trajes cor laranja, enfrentou oficialmente pela primeira vez a corte, o público e as pessoas que ele atingira. E a primeira vítima que ouvimos falar é Nadine Collier. Você esperaria que ela ficasse com raiva e magoada, e é claro que ela está. Mas ela queria mostrar outra coisa para o atirador.

“Eu te perdôo”, disse ela. “Você tirou algo muito precioso de mim. Eu nunca mais vou falar com ela. Eu nunca mais vou abraçá-la novamente. Mas eu te perdoo. E tenho piedade de sua alma.”

Outros também se ergueram – pessoas que haviam perdido seus filhos, esposa, familiares – e, em vez de amaldiçoar o assassino, ofereceram perdão, misericórdia e a mesma coisa que Roof tentou tirar: esperança.

“Arrependa-se”, disse Anthony Thompson, cuja esposa morreu no ataque. “Confesse. Dê para sua vida àquilo que mais importa: Cristo. Ele pode mudar isso, pode mudar seus caminhos, não importa o que aconteceu com você. E você ficará bem.”

Os tiroteios em massa tornaram-se tristemente comuns hoje em dia. Mas essa resposta foi única.

“Muitas pessoas ficaram zangadas com o que eu disse”, admite Nadine em Emanuel. “Mas o que eu falei do fundo do meu coração.”

“Deus realmente agiu [sobre aqueles que perdoaram]”, disse Melvin Graham Jr., cuja irmã morreu no ataque.

Numa era em que as pessoas se tornam cada vez mais divididas, este poderoso e desafiador documentário sugere que o caminho a seguir é muitas vezes um caminho mais suave – um caminho que o próprio Jesus nos mostrou.

Emanuel, Deus conosco.

Mais informações sobre o documentário em: https://www.emanuelmovie.com

 

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