Para a tradição cristã, Deus é a Suma Beleza. Santo Agostinho, nas suas Exposições sobre os Salmos, escreveu que, acima da beleza interior do ser humano, está a Beleza do Deus Encarnado.
Não estranha, portanto, que seja bela a arquitetura cristã quando procura ser digna e “consciente” da sua missão de evocar a Beleza de Deus. Como pequena mostra, compartilhamos hoje estes cinco mosteiros que estão entre os mais belos do mundo.
Ao pé do Monte Sinai, no sul da península homônima, fica o mosteiro ortodoxo grego de Santa Catarina. Um dos mais antigos do mundo, fundado no século VI e ativo ininterruptamente desde então, ele permite que os seus visitantes entrem na biblioteca também criada no século VI. Para alguns, trata-se da biblioteca mais rica do mundo depois da Vaticana, por causa do número e do valor dos manuscritos. Diz a tradição que o altar da capela bizantina em seu interior foi construído sobre as raízes da sarça ardente.
O Mosteiro de “San Lorenzo del Escorial”, a 45 quilômetros de Madri, foi chamado de oitava maravilha do mundo no século XVI. Foi construído em 1563 por Felipe II, filho do imperador Carlos V.
O mosteiro romeno do vilarejo de Barsana une modelos arquitetônicos ocidentais e orientais. O complexo foi construído em madeira e de acordo com a tradição local: não há pregos na construção, nem foram utilizadas ferramentas elétricas. A igreja do mosteiro de Barsana é listada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Fundado no século X por São João de Rila, conhecido também como Ivan Rilski, o mosteiro se localiza no Monte Rila, oeste da Bulgária, a cerca de 120 quilômetros da capital, Sófia. Entre outros destaques, o monumento é um símbolo da resistência cultural búlgara contra o Império Otomano e, depois de séculos de ocupação, se manteve como a imagem do sentimento de identidade búlgaro. Em 1983, foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Os mosteiros de Meteora estão localizados na Tessália, norte da Grécia, perto da cidadezinha de Kalambaka, no vale do rio Peneu. São habitados desde o século XIV e entraram na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade em 1988.