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A falta de fé está matando nossas comunidades – e nossos vizinhos

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Tom Hoopes - publicado em 02/12/19
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Ensinar sobre Jesus às outras pessoas faz mais do que fortalecer a Igreja: salva vidasEis um fenômeno preocupante no mundo de hoje, observado significativamente pelo professor de Harvard Robert D. Putnam em seu livro Bowling Alone: o isolamento social.

O livro de Putnam observava que, enquanto mais pessoas jogavam boliche do que nunca, menos pessoas estavam participando das ligas de boliche. E o problema das pessoas não formarem comunidades têm piorado.

Fracassar na construção da comunidade traz graves consequências.

Vários livros recentes que discutem o declínio cultural da América apontam para isolamento social. Em Them (2018), de Ben Sasse, o senador dos EUA por Nebraska faz uma comparação trágica. O grande incêndio de 1871 em Chicago foi devastador, deixando fileiras de ruínas fumegantes. Mas uma onda de calor em 1995 em Chicago matou o dobro de pessoas, mas não recebeu atenção especial.

Por quê?

A variável crucial eram as relações sociais. Nos bairros que se saíram bem durante a onda de calor, os moradores sabiam quem estava sozinho, quem era velho e quem estava doente, e a comunidade cuidou deles. Por outro lado, áreas com alto número de mortos eram regiões de pessoas socialmente isoladas.

Timothy Carney, em seu livro Alienated America, vê uma epidemia do mesmo fenômeno piorando em 2019.

“A vida fora da bolha conectada em que todos vivemos é uma história de alienação real e mortes em disparada por opióides”, diz o autor. O colapso da comunidade não é apenas não ter um dia festivo para celebrar, “é um colapso das coisas que tornam a vida suportável”.

O ensinamento social católico enfatiza a necessidade de “comunidades intermediárias” – pequenas organizações que unem pessoas em uma comunidade solidária. Os cientistas políticos chamam isso de “sociedade civil”, e os cientistas sociais se referem ao “capital social” que essas organizações e clubes de bairro nos dão.

A pesquisa de Carney descobriu que existem duas maneiras pelas quais os americanos encontram a sociedade civil.

“As duas entradas para as redes cruciais que fornecem significado e apoio na vida são: (a) fazer parte da elite e (b) ir à igreja”, diz o autor.

As comunidades ricas têm muitas organizações de bairros que atendem suas comunidades, mas na classe média e nos bairros mais pobres, a única coisa que oferece tais benefícios é ir à Igreja.

“Apesar de toda a conversa sobre as ligas de boliche e os clubes, a fonte dominante de atividade cívica na América é a Igreja”, escreve Carney. Grupos relacionados à igreja contam com quase metade da participação de todos os americanos em organizações, filantropia e voluntariado.

Carney cita pesquisas mostrando que os americanos religiosos são até duas vezes mais ativos em termos civis do que os americanos seculares.

“É mais provável que a mesma pessoa se envolva em atividades comunitárias seculares quando começa a frequentar a Igreja e que o abandono da Igreja geralmente seja acompanhado do abandono das atividades cívicas”, escreve o pesquisador.

Os americanos religiosos também são mais generosos com seu dinheiro. “Os 20% mais religiosos dos americanos ‘são mais de quatro vezes mais generosos do que os 20% menos religiosos'”.

Os benefícios de ir à Igreja começam cedo e prolongam a vida.

As crianças que frequentam a Igreja têm melhor desempenho em algumas variáveis que prevêem o sucesso futuro: boas relações com os pais e outros adultos, mais amizades com colegas de alto desempenho, mais envolvimento em esportes e outras atividades e menos envolvimento em uso de drogas, em comportamento de risco e em delinquência.

As pessoas religiosas também são mais confiantes, um componente essencial para a construção da comunidade e, “em um nível mais fundamental, as pesquisas sugerem que as pessoas religiosas – todas as demais são iguais – são mais felizes do que as menos religiosas”, escreve Carney.

Ele até cita pesquisas mostrando que, de 1996 a 2010, “aqueles que compareciam a qualquer serviço religioso uma vez por semana ou mais tinham cinco vezes menos chances de cometer suicídio”.

É exatamente por isso que um economista chinês olhou para a guerra de seu país contra a religião e argumentou que era essa uma má idéia.

“As economias de mercado com Igrejas superam as economias de mercado sem Igrejas”, escreveu Zhao Xiao. “O motivo é simples: um povo que compartilha uma fé, comparado com pessoas que só acreditam em si mesmas, acha mais fácil estabelecer confiança mútua e, com isso, concluir acordos”.

Jesus Cristo disse isso de outra forma: buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, o todo o mais lhes será dado em acréscimo.

Tudo isso dá uma nova urgência à necessidade de evangelizar.

A melhor razão para convencer as pessoas a seguir Jesus Cristo, e a única que importa no final, é que Jesus Cristo é realmente Deus encarnado que veio compartilhar sua vida conosco.

Mas atrair mais cristãos não apenas edifica a Igreja. Como se vê, a cultura não funciona sem religião. As pessoas perdem a esperança e o objetivo em suas vidas individuais, e perdem os laços que as unem.

Então, espalhe a fé. Nós sempre soubemos que almas estavam em jogo. Agora sabemos que muitas vezes também são as próprias vidas que estão em jogo.

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