Luigi e Severa passaram 8 dias confinados em casa na ItáliaCasados durante 60 anos, Luigi Carrara, de 86 anos, e Severa Belotti, de 82, morreram com apenas duas horas de diferença. Contagiados pela Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, eles passaram cerca de 8 dias confinados em casa, sem acompanhamento médico, na província de Bérgamo, norte da Itália. Trata-se de uma das províncias mais afetadas pela epidemia.
O filho do casal declarou ao jornal Corriere della Sera que Severa e Luigi haviam sido levados a um hospital no último fim de semana, depois que o seu quadro de saúde se agravou por complicações respiratórias.
Luigi faleceu às 9h desta terça-feira, e Severa às 11h da mesma manhã.
O filho afirmou também que, por causa da quarentena imposta a todo o país, foi impedido de visitar os pais tanto na casa deles quanto no hospital:
“Eles morreram sozinhos. É isso o que esse vírus está fazendo”.
Depois da China, a Itália é o segundo país mais afetado do mundo pela pandemia de Covid-19, com cerca de 15 mil casos de contágio e mais de mil mortes registradas. O governo adotou medidas drásticas para tentar conter o avanço do vírus, incluindo o fechamento de praticamente todos os estabelecimentos comerciais do país, exceto os de alimentos e remédios. O confinamento das pessoas em casa também foi declarado obrigatório, com restritas exceções.
SEM PÂNICO: BOM SENSO E CUIDADOS FUNDAMENTAIS A TOMAR
1 – Saiba que a pandemia Covid-19 tem apresentado uma proporção relativamente baixa de mortos: alguma coisa entre 0,5% e 3,5% do total de infectados. Esta é uma boa notícia, e há outras notícias igualmente boas: a grande maioria dos casos (mais de 80%) tem gravidade reduzida; o risco para crianças tem sido mínimo; e o pico do surto já passou na China, onde os novos casos estão em declínio.
2 – Porém, há motivos suficientemente sérios e comprovados para mantermos firmes cuidados numa tarefa crucial: a de conter a expansão do vírus. Motivo: a Covid-19 pode ser leve para a grande maioria das pessoas, mas acarreta riscos bastante relevantes para grupos específicos, como idosos, diabéticos e doentes do coração. E são estas pessoas as que mais precisam de cuidados para evitar que sofram o contágio.
3 – Este é o maior problema vivido na Itália: sendo um país com grande número de idosos, além do fato de que a taxa de letalidade tende a subir, o próprio sistema de saúde fica sobrecarregado na tentativa de atender muita gente ao mesmo tempo, chegando-se ao cenário da falta de leitos e de equipamentos críticos, como respiradores artificiais. Havendo pico de acessos aos hospitais e postos de saúde, com milhares de pessoas precisando ser atendidas ao mesmo tempo, aqueles que têm mais necessidade podem não conseguir ser atendidos adequadamente – ou simplesmente nem sequer ser atendidos.
4 – A diretriz, portanto, é impedir ao máximo um grande pico de contágios, e a forma mais prática e simples de ajudar a impedir esse pico é esta: evite tudo aquilo que facilite a proliferação do vírus:
- Lave bem as mãos, com alta frequência, sobretudo após tocar em superfícies nas quais muita gente também tocou, como balcões de atendimento, caixas eletrônicos, assentos e apoios do transporte público, etc.
- Evite levar as mãos à boca, nariz e olhos;
- Evite aglomerações, reduzindo as saídas de casa ao indispensável;
- Se precisar estar em meio a grupos grandes de pessoas, procure manter uma distância de ao menos 1 metro e fique apenas durante o menor tempo possível;
- Evite cumprimentos como apertos de mão, abraços e beijos;
- Recorra a postos de saúde e hospitais somente em casos de objetiva e real necessidade, para não sobrecarregar inutilmente o sistema e até para evitar um risco ainda maior de contágio, dado que são ambientes em que se fica mais exposto a micro-organismos;
- Mantenha uma rotina de alimentação saudável, exercício físico adequado às suas condições, boa ventilação e luz natural em casa ou no local de trabalho;
- Não divulgue fake news: compartilhe informação objetiva, o que inclui algumas notícias tristes, mas também várias notícias boas e tranquilizadoras;
- Mantenha a serenidade, sem se deixar levar pelos promotores de histeria;
- Mantenha a fé, pedindo sempre forças a Deus para que todos façamos bem a nossa parte e Ele nos conceda a graça de enfrentar e vencer esta pandemia com inteligência, disciplina e solidariedade, em especial com os mais vulneráveis;
- Obedeça responsavelmente às diretrizes das autoridades em caso de medidas excepcionais de controle.
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