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Colombiana de 33 anos, primeira religiosa a morrer de coronavírus na América Latina

JOHANA RIVERA RAMOS
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Lucía Chamat - publicado em 31/03/20
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A irmã Johana Rivera Ramos era missionária; propunha a todos que encontrassem Jesus, o que foi o grande sucesso de sua vidaObrigado Johana: nós te amamos! Reze a Deus por nós, que seguimos neste “vale das lágrimas”.

Com essa mensagem, o arcebispo de Cartagena, Dom Jorge Jiménez, comunicou a morte por Covid-19 de Johana Rivera, irmã franciscana da Imaculada, que faleceu na última sexta-feira, 27 de março, naquela cidade, no norte da Colômbia.

A irmã Johana, 33 anos, tornou-se a primeira freira latino-americana a morrer em decorrência da doença causada pelo coronavírus. Até o momento, é paciente mais jovem de seu país a morrer.

Ela nasceu em San Martín de Loba, um município ao sul de Cartagena, em uma família humilde e muito católica, atualmente composta por sua mãe e três irmãs (seu pai e irmão já morreram).

“Certamente vocês estão sofrendo muito com a partida de sua filha e irmã. Força! Sua filha cumpriu a missão, e o Senhor já a coroou no céu”, diz o arcebispo em uma calorosa mensagem enviada à família da jovem religiosa.

A franciscana – estreitamente ligada à arquidiocese da cidade, onde colaborou com o Ministério da Juventude e o Ministério da Família – estudou Direito na Universidade Popular de César e Teologia no Seminário Provincial de San Carlos Borromeo. Em 2010, ingressara na Comunidade das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição.

Ele fez seus primeiros votos na paróquia de San Nicolás de la Roca, no bairro de El Socorro, em janeiro de 2015. Viveu dois anos no Peru e, na semana passada, em 25 de março, deveria fazer sua profissão perpétua, mas os planos do Senhor eram diferentes. Ela foi hospitalizada há alguns dias e fez seus votos no Céu.

“Ele conseguiu fazer sua profissão perpétua em um lugar incrível: no Céu. E sua profissão foi recebida diretamente por Deus”, afirmou Dom Jiménez.

Irmã Johana coordenou a Missão Permanente da Paróquia da Divina Providência, onde ajudou o Padre José Yenid Perdomo com as pequenas comunidades.

Soraya Abuchar, vizinha da paróquia, lembra-se dela como uma mulher “cheia de vida, feliz, dinâmica e com muita energia. Oramos muito, realizamos vigílias, cada família de sua casa e agora sabemos que ela desfruta da presença de Deus.”

Juntamente com as freiras espanholas María José Alamar e Chelo Vilaplana, ela fazia parte da comunidade em Cartagena e hoje elas lamentam a perda, mas têm certeza de que ela foi para a casa do pai.

As três estavam encarregadas de administrar uma padaria que sustentava o trabalho no município vizinho de Arjona, onde as freiras alimentam e evangelizam dezenas de crianças.

Sua morte está sendo lamentada por muita gente em Cartagena e em sua cidade natal. As autoridades, os vizinhos, as crianças, os jovens, as famílias que viram nela um grande testemunho de vida. Todos lamentam que a asma de que a freira sofria tenha complicado a infecção viral.

“Ela sempre foi positiva. Para Deus, quando ele a chamou, ela disse ‘sim’. Então, sua vida sempre foi um sim. Sim à vida. Sim ao serviço. Sim aos jovens. Ela sempre foi um sim para tudo o que Deus nosso Pai lhe pediu. Toda a sua vida foi positiva”, disse o arcebispo.

Assim, com emoção e gratidão, Dom Jorge Jiménez se despede desse amada religiosa colombiana que se junta à lista dos que perderam a vida nesta crise de saúde que afeta toda a humanidade.

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