A pandemia nos ensinou que temos que aprender a buscar a felicidade dentro de casa. Por isso, os especialistas estão atentos a algumas tendências sobre o “morar bem” depois da Covid-19Le Corbusier dizia que “a casa deve ser o estojo da vida, a máquina da felicidade”. E nós compreendemos muito bem isso durante a quarentena.
Milhões de pessoas de todo o planeta ficaram confinadas em suas casas, tentando conter o avanço da Covid-19. Um período que fez muita gente perceber que o ambiente doméstico precisa ser prático e funcional. Foi na pandemia que muitos perceberam que a cozinha era apertada demais, que o apartamento não tinha ventilação ou que a luminosidade era baixa.
O fato é que a arquitetura pré-Covid, em muitos casos, nos fez esquecer de nossa própria casa. Fechar varandas para ganhar espaços talvez tenha sido um grande erro.
Agora, precisamos olhar para as casas a partir de outro prisma. Precisamos considerar que as pessoas despertaram para a necessidade de ficar mais tempo em casa, mesmo depois da quarentena. Por isso, o “morar bem” nunca fez tanto sentido.
Abaixo, algumas tendências da arquitetura e do mercado imobiliário nessa era pós-pandemia:
1Mais espaços abertos
Durante décadas, houve a tendência, em muitos países, de fechar as varandas das casas e apartamentos e utilizá-las como áreas de despensa ou até living. Agora, sabemos que precisamos de um espaço, dentro de casa, que faça nos sentir unidos ao exterior dela. Na Espanha, as imobiliárias confirmam que já aumentou a busca por casas com varandas. A Universidade de Alicante garante que os terraços se transformaram em um elemento de valorização dos imóveis.
2A volta dos janelões
Grandes janelas podem evitar o uso de aparelhos de ar-condicionado, garantem mais luz e deixam os ambientes mais ventilados, o que é indispensável para amenizar a proliferação de vírus e bactérias. A conexão com a área externa proporcionada por esses elementos também é um grande diferencial.
3Hortas, plantas e jardins
O cuidado com a alimentação será um ponto crucial na pós-pandemia. Por isso, nada melhor do que cultivar a própria horta dentro de casas e apartamentos, a fim de garantir a procedência dos alimentos. A presença de plantas na decoração também será tendência. Esses elementos passam ideia de vida, além de proporcionar um contato maior com a natureza sem sair de casa. Se houver espaço para um jardim, melhor ainda.
4Áreas úteis maiores
Nos últimos anos, os imóveis foram construídos com áreas úteis cada vez menores, tanto pela falta de espaço nas grandes cidades como pela necessidade de baixar custos e atender a famílias pequenas. Agora, percebemos que um espaço maior cairia muito bem, principalmente quando a família toda precisa ficar em casa. Segundo os especialistas do mercado imobiliário, a tendência das pessoas é buscar imóveis com áreas úteis maiores e localizados em bairros mais afastados dos centros da cidades onde existam pequenos comércios locais.
5Home office
Antigamente, esse espaço foi quase esquecido pela arquitetura, mas nem fez tanta falta, pois as pessoas passavam horas em seus escritórios fora de casa. A pandemia e a tendência do teletrabalho mostraram a necessidade de ter um cantinho organizado de estudo, leitura e de trabalho nas residências.
6Revestimentos e conforto
A experiência tátil e o conforto são importantes para quem passa muito tempo em um ambiente. Por isso, tecidos como linho, algodão e as mantas ganharão cada vez mais destaque na casa da pós-pandemia. É preciso também muita praticidade, motivo pelo qual os revestimentos das paredes e dos pisos deverão oferecer facilidade de limpeza e conservação.
7Cantinho para rezar e relaxar
Os lares precisam oferecer a sensação de santuário aos seus moradores, pois as pessoas estão buscando espaços alternativos para relaxar e rezar no dia a dia. Cantinhos de oração e altares, por exemplo, devem fazer parte dos novos projetos, assim como ambientes em que é possível encontrar paz e silêncio.
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