A história do religioso de 28 anos que morreu em maio servindo ao próximo tocou o Brasil e repercutiu com força nas redes sociaisO irmão Francisco da Cruz, membro da Fraternidade Toca de Assis, compartilhou ontem, via redes sociais, um momento de tristeza e esperança:
“Hoje, dia 29 de junho, faz um mês de falecimento do nosso querido Irmão Simplício (@simplicioirmao). Estamos realizando neste momento o sepultamento das cinzas de seu corpo”.
O irmão Simplício José do Menino Jesus partiu desta vida aos 28 anos após contrair a covid-19 enquanto ajudava moradores de rua em Fortaleza. O cuidado das pessoas sem teto é uma das pastorais mais importantes da Toca de Assis, comunidade inspirada pela vida de São Francisco.
O irmão Justino, responsável pela comunidade no Brasil, recordou as palavras de dom José Antonio, arcebispo de Fortaleza, a propósito da inesperada morte do irmão Simplício:
“Tão jovem e já colhido para o céu”.
A história do religioso que morreu servindo ao próximo tocou o Brasil e repercutiu com força nas redes sociais, inclusive no exterior.
Rodolfo Costa Pimentel adotou o nome religioso de Irmão Simplício José do Menino Jesus quando fez os votos religiosos em 2016. Ele estava na missão de Fortaleza, Ceará, quando começou a emergência sanitária decorrente da pandemia. Quando descobriu que ele próprio tinha sido contaminado pelo coronavírus, a sua situação de saúde já estava muito comprometida. O jovem religioso passou vários dias entubado, respirando por aparelhos, e chegou a precisar de hemodiálise.
Antes de ficar inconsciente e falecer no dia 29 de maio, ele enviou uma mensagem de áudio para alguns amigos, na qual citava uma tocante frase de São Vicente de Paula:
“É um privilégio morrer pela causa dos pobres, pois eles nos abrirão as portas do céu!”
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