Saber se o seu cônjuge se casaria com você novamente é um bom começo para avaliar o casamento
Rotina, pressões econômicas, atividades com os filhos, compromissos sociais e responsabilidades profissionais podem facilmente nos distanciar dos outros, principalmente do nosso marido/ da nossa esposa.
É verdade que muitas dessas coisas fogem ao nosso controle. Mas também não podemos colocar a culpa sempre nas situações que precisamos enfrentar, como se elas fossem as únicas responsáveis por termos nos transformados praticamente em estranhos – como se o amor fosse motivado apenas por fatores externos.
Mesmo quando muitos obstáculos interferem e nos distanciam, podemos buscar um ponto de encontro no olhar. Na verdade, muitos dos problemas conjugais se devem ao fato de as pessoas não serem capazes de cultivar o exercício de olhar mais profundamente para o outro.
É importante tirar um momento para este olhar. Um exercício que não é apenas de crítica, de pedido de desculpas ou de reconhecimento de necessidades, mas de amar de verdade, dando o melhor de si.
Um erro frequente é fechar-se em si mesmo, como se avaliar o amor fosse uma tarefa individual. O amor não é efetivo quando exige ou demanda algo, mas quando se dá ao outro.
Por isso, a melhor maneira de medir o amor é através do critério de entrega mútua, ou seja, devemos avaliar o quanto colocamos o outro em primeiro lugar, se estamos dispostos a ouvir seu coração para saber se ele é feliz e fazer algo para renovar nosso compromisso de amor.
Uma das formas de avaliar seu amor é fazer constantemente estas três perguntas para seu esposo/sua esposa:
1Você é feliz com o que recebe de mim?
Muitas pessoas erram ao se perguntar: “sou feliz nesta relação?”. Mas a pergunta deveria ser feita de uma forma para descobrir se você está dando ao outro o que ele necessita para ser feliz. É aí que mora a verdadeira felicidade.
Avaliar o amor é pensar na forma como você se doa à pessoa amada. Isso nos ajuda a encontrar a capacidade de viver o amor e sermos mais felizes.
O casamento é como uma empresa: requer esforços, renúncias e tarefas claras. O amor é um trabalho cotidiano de conhecer o outro e saber como ele pode ser mais feliz com você.
A história tem demonstrado que aprender a receber amor ajuda a conhecer a melhor maneira de demonstrar amor e afeto. Todos expressamos e sentimos amor de maneiras diferentes; compreender essas diferenças pode ter um impacto profundo na relação.
2O que eu posso fazer para me doar melhor?
Não se trata de dar mais, trata-se de dar o melhor de si à pessoa que você tem ao seu lado para que ela te conheça e o ajude a tirar o melhor de você.
A paixão não diminui com o passar do tempo; o que acontece é que as pessoas deixam de fazer as coisas que faziam no início da relação (presentes, jantares, passeios).
A experiência mostra que os casais que ficam muito tempo juntos investiram no relacionamento, passaram por frustrações, perdoaram-se e amaram-se com muitos esforços. Isso é um gesto de doação que funciona, porque vai despertando aquilo que antes gerava expectativa no casal.
Quando o casal se compromete a aprender a utilizar as diferentes linguagens do amor, aprende a colocar as necessidades da outra pessoa acima das próprias vontades, ouvir o que outro tem a dizer e digerir isso para fazer o seu melhor.
3Quer se casar comigo novamente?
Quando alguém se casa, escolhe uma pessoa com suas virtudes e defeitos. Aceita amá-la como ela é e para sempre. É um ato de entrega e doação mútua.
Sim, o amor para toda a vida existe, mas é uma doação pessoal, um gesto que se renova (inclusive várias vezes no mesmo dia). Precisamos ser capazes de nos doarmos nas pequenas coisas do cotidiano.
O segredo é se casar várias vezes com a mesma pessoa. O amor (a essência do relacionamento) permanece para sempre. Mas, com o passar do tempo, as pessoas vão mudando, incorporando novos hábitos, amadurecendo. Por isso, é importante lembrar desse amor e renová-lo sempre.
Portanto, é preciso sempre estabelecer novas metas e desafios para a relação, com um olhar comum, em que a amizade, o erotismo, a cumplicidade e o companheirismo continuem presentes (mesmo que de uma forma diferente).
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