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A história por trás da Virgem Maria abraçando um bebê ainda não nascido

ANA LAURA SALAZAR OROZCO
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Jesús V. Picón - publicado em 11/08/20
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O testemunho para a Aleteia de Ana Laura Salazar Orozco, a artista responsável pela obra “Maria, Mãe da Vida”Sempre sonhei com o rosto mais bonito do universo, porque sei que esse rosto é o da Virgem Maria, a Mãe de Deus, nosso Senhor. Nunca o vi, apenas o imagino e percebo através de esculturas e pinturas. Meu maior desejo é que, quando eu morrer, a primeira coisa que eu veja seja aquele lindo rosto.

Acabo de ver uma pintura da Virgem Maria. Esta imagem viralizou nas redes sociais devido à descriminalização do aborto no México. Para surpresa de todos, o que parecia perdido foi ganho, pois a Suprema Corte de Justiça da Nação deu um “sim” à vida e um “não” ao aborto.

Para muitos, foi um milagre; para outros, apenas questões jurídicas. Para mim, foram as mãos amorosas da Virgem, que interveio pelos seus filhos mais indefesos.

Na pintura que menciono, a Virgem Maria está segurando um pequeno bebê nas mãos. Esta obra de arte denota a ternura da Virgem Santíssima quando toma nas mãos a criaturinha e a beija com amor. A vida está protegida por Nossa Senhora, a vida triunfou! A beleza, a doçura desta rainha celestial está perfeitamente capturada nesta pintura, e isso nos dá paz, enche de alegria.

É verdade que a autora da pintura representa bebês em risco de aborto, mas também há outra coisa: representa um acontecimento doloroso que a artista Ana Laura Salazar Orozco viveu na sua própria pele, e que ela própria relata nas suas redes sociais, e depois na entrevista que ele nos concedeu.

Veja a galeria de fotos:

Você é católica, Ana Laura? Como sua fé em Deus influencia suas esplêndidas obras religiosas? Deus significa muito para você?

Sim, totalmente. Meus pais eram católicos praticantes e sempre ensinaram a para nós. Cresci vivendo fortemente a fé em minha família. E procurei um marido católico, para que pudéssemos continuar com os mesmos valores na educação da família.

A certa altura da minha vida, senti que devia fortalecer meu amor por Nossa Senhora, e disse ao Senhor: “Aumente o meu amor pela tua Mãe”. E acredito que agora é Ela que tem guiado meus passos.

Quando me pedem um trabalho religioso, eu medito, rezo e peço inspiração ao Espírito Santo; de fato, eu digo: “guia-me, mova os pincéis por mim”.

E me importa muito que as pessoas, ao verem minhas obras, sintam algo, e que seus corações se movam de alguma forma.

Agora me fale um pouco daquele seu quadro intitulado “Maria, Mãe da Vida”. Como tudo aconteceu?

Esta pintura foi criada aos poucos. Tive uma gravidez extrauterina; era meu quarto filho. Ele não foi salvo, obviamente, mas nós o batizamos e sempre o temos em mente. A perda do meu bebê realmente me machucou.

Mais tarde, como jovem mãe, fui convidada para ver um filme sobre como o aborto é horrível. Naquele filme real, eu realmente senti como se tivesse ouvido o bebê gritar quando estava sendo abortado. Alcançou o fundo da minha alma!

E agora, com tudo o que está se desenvolvendo em torno do aborto no mundo, comentei com uma irmã: “eu gostaria de fazer algo, uma pintura para combater o aborto”. E ela, sabendo disso, deu-me a figura de um pequeno feto feito de cerâmica, o que me impressionou; e cada vez que o via, orava para que uma alma, uma criancinha, fosse salva.

A ideia veio daí, vendo aquele bebê nas minhas mãos, falei pra mim mesma que ia pintar assim, porque cada bebê está nas mãos de Maria. Então pintei este quadro no início deste ano.

E as reproduções que vou fazer deste quadro, vou doar à pessoa que criou a associação VIFAC (dedicada a cuidar de mulheres em estado de vulnerabilidade durante a gravidez); e eu disse a ela: “Tudo o que eu obtiver nas reproduções vou doar para você”, e ela ficou muito grata.

E quando não foi aprovada essa lei que queria permitir o aborto no Estado de Veracruz (México), mandei a imagem do quadro para agradecer, e de repente viralizou, mas nunca imaginei isso. Fiquei impressionado com tudo isso, nada parecido jamais havia acontecido comigo.



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