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Papa: Jesus é o Filho de Deus vivo, o Redentor

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Reportagem local - publicado em 24/08/20
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“Trata-se de compreender quem é para nós Cristo: se Ele é o centro da nossa vida”O Papa Francisco afirmou que também hoje Jesus dirige a nós a pergunta: “mas vós, quem dizeis que eu sou?”

No Angelus desse domingo, o Papa refletiu sobre o trecho do Evangelho em que Pedro professa a sua fé em Jesus como Messias e Filho de Deus.

O Papa explicou que primeiro Jesus pergunta aos apóstolos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?».

Os apóstolos gostavam de falar sobre o povo, como todos nós fazemos. A bisbilhotice agrada-lhes. Falar dos outros não é muito exigente, é por isso que gostamos; também “esfolamos” os outros.

Segundo Francisco, os discípulos parecem competir no relato das diferentes opiniões, que talvez em grande medida eles próprios tenham partilhado. “Em síntese, Jesus de Nazaré foi considerado um profeta”.

Já ao dirigir uma segunda pergunta, Jesus questiona os apóstolos diretamente: «Mas vós, quem dizeis que eu sou?».

Neste ponto, parece que percebemos alguns momentos de silêncio, porque cada um dos presentes é chamado a pôr-se em questão, dizendo a razão porque segue Jesus; é por isso que uma certa hesitação é mais do que legítima.

Se eu vos perguntasse agora: «Para vós, quem é Jesus?», haveria alguma hesitação. Simão salva a situação, declarando com ímpeto, «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo».

Esta resposta, tão plena e luminosa, não vem do seu impulso, por muito generoso que fosse – Pedro era generoso – mas é o fruto de uma graça especial do Pai celeste.

De fato, o próprio Jesus diz-lhe: «Não foram a carne nem o sangue quem to revelaram – isto é, a cultura, o que estudaste – não, isto não te revelou. Quem to revelou foi o meu Pai que está nos céus».

O Papa afirmou que confessar Jesus é uma graça do Pai. “Dizer que Jesus é o Filho de Deus vivo, que é o Redentor, é uma graça que devemos pedir: ‘Pai, dá-me a graça de confessar Jesus’”.

Ao mesmo tempo, o Senhor reconhece a reação imediata de Simão à inspiração da graça e depois acrescenta, num tom solene: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno nada poderão contra ela».

Com esta declaração, Jesus faz Simão compreender o significado do novo nome que lhe deu, “Pedro”: a fé que acaba de manifestar é a “pedra” inabalável sobre a qual o Filho de Deus quer construir a sua Igreja, ou seja, a Comunidade. E a Igreja vai sempre em frente na fé de Pedro, nessa fé que Jesus reconhece [em Pedro] e faz dele cabeça da Igreja.

Francisco prosseguiu explicando que hoje também nós ouvimos a pergunta de Jesus dirigida a cada um de nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?».

A cada um de nós. E cada um deve dar uma resposta que não seja teórica, mas que envolva fé, isto é, vida, porque fé é vida! “Para mim és…”, e dizer a confissão de Jesus. Uma resposta que também exige que nós, como os primeiros discípulos, ouçamos interiormente a voz do Pai e estejamos em harmonia com o que a Igreja, reunida à volta de Pedro, continua a proclamar.

Trata-se de compreender quem é para nós Cristo: se Ele é o centro da nossa vida, se Ele é a finalidade de todos os nossos compromissos na Igreja, do nosso compromisso na sociedade. Quem é Jesus Cristo para mim? Quem é Jesus Cristo para cada um de vós… Uma resposta que deveríamos dar todos os dias.

O Papa fez então uma advertência:

Mas cuidado: é indispensável e louvável que a pastoral das nossas comunidades esteja aberta às muitas pobrezas e emergências que existem por toda a parte. A caridade é sempre a via mestra do caminho de fé, da perfeição da fé. Mas é necessário que as obras de solidariedade, as obras de caridade que fazemos, não distraiam do contato com o Senhor Jesus.

Francisco explicou que a caridade cristã “não é uma simples filantropia mas, por um lado, consiste em olhar para o outro com os próprios olhos de Jesus e, por outro, em ver Jesus no rosto do pobre. Este é o verdadeiro caminho da caridade cristã, com Jesus no centro, sempre”.

O Papa encerrou sua mensagem com uma petição à Virgem Maria:

Maria Santíssima, bem-aventurada porque acreditou, seja a nossa guia e modelo no caminho da fé em Cristo, e nos torne conscientes de que a confiança n’Ele dá pleno significado à nossa caridade e a toda a nossa existência.


POPE FRANCIS
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