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Você não pode mudar seu cônjuge, mas pode ajudá-lo a mudar

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Cecilia Zinicola - publicado em 20/11/20
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Um relacionamento é um caminho de santificação, em que cada um se torna para o outro um caminho para o céuMudar o esposo (ou a esposa) é o primeiro pensamento quando surgem divergências no casamento. No entanto, quando nos casamos, o fazemos possuindo certos talentos ou hábitos pessoais. Se forem bons, quando os compartilhamos com nossos cônjuges, eles se tornam uma força amorosa que inspira ação e crescimento.

Por exemplo: digamos que um de nós ache mais fácil se exercitar, seguindo uma rotina estabelecida que praticamos há anos. Isso pode se tornar uma motivação positiva para nosso cônjuge considerar a aquisição de um hábito semelhante que o ajudará a alcançar uma maior qualidade de vida.

Da mesma forma, se o parceiro tiver uma vida de fé mais ativa, um dos cônjuges pode começar a se aproximar da Igreja mesmo quando sua vida espiritual não está muito desenvolvida. Além disso, podem começar a melhorar a comunicação se o outro cônjuge estiver acostumado a ser mais direto com as palavras.

Portanto, quer queiramos ou não, acabamos por assimilar características do nosso cônjuge que nos rodeiam e que ajudam a tornar possível a convivência. Entretanto, a intenção de amadurecer nosso amor de maneira consciente para que ele alcance seu potencial máximo, requer esforço como casal. Para termos sucesso, é fundamental termos humildade, amor e respeito.

Um amor maduro nos permite viver em um relacionamento estável. Ajuda ambos os cônjuges a desenvolver bons hábitos que funcionam em harmonia para trazer ordem ao nosso comportamento e facilitar a comunicação e o entendimento mútuo. Isso nos ajuda a lidar melhor com as preocupações e reduz a tensão. Resumindo, nos tornamos pessoas melhores graças ao outro.

E o que podemos fazer no dia a dia como casal para atingir esse amor maduro? Abaixo, algumas dicas:

1. Propor desafios comuns

Quando nos convidamos a aceitar um desafio, damos uns aos outros uma excelente oportunidade de crescimento. Esses desafios podem ser, por exemplo, definir metas relacionadas ao desenvolvimento de novos hobbies ou cultivar certas virtudes ou atitudes com o objetivo de melhorar a nós mesmos.

Muito disso, portanto, é o resultado do que os cônjuges aprendem com as melhores qualidades um do outro. Mas eles precisam estar abertos à possibilidade de crescer, de trabalhar a comunicação, educar-se sobre algum assunto ou melhorar em qualquer aspecto em que possam estar “relaxando”.

É importante que deixemos nosso cônjuge saber que, acima de tudo, eles são amados. Quer decidam ou não perseguir um determinado desafio e independentemente do resultado, sempre o amaremos. Ao mesmo tempo, é importante deixarmos nosso cônjuge saber que temos confiança em sua capacidade de continuar crescendo e enfrentando novos desafios e que sempre apoiaremos seus esforços.

2. Estar aberto(a) à mudança

Aceitar humildemente os desafios que nosso cônjuge nos oferece e compreender que sempre há espaço para crescer por causa do amor são coisas cruciais. Precisamos, de fato, estar abertos sobre as áreas em que queremos nos desafiar e perguntar a nosso cônjuge o que poderíamos fazer melhor para deixar nosso relacionamento mais harmonioso. Temos, portanto, que nos abrir para sermos corrigidos por eles.

Durante este processo, devemos ter certeza de comunicar uns aos outros da forma mais clara possível no que estamos trabalhando. Como resultado, isso nos ajudará a nos entender e a nos encorajarmos uns aos outros. “E nós te exortamos, amados, a admoestar os preguiçosos, encorajar os tímidos, ajudar os fracos, ser pacientes com todos eles”. (1 Tessalonicenses 5,14)

3. Buscar a colaboração amorosa

Um relacionamento é um caminho de santificação, em que cada um se torna para o outro um caminho para o céu. Isso pode ser considerado o relacionamento de Cristo com a Igreja: Quando Cristo se dá por ela, Ele o faz para santificá-la e o faz com amor e graça, e sem condições (Efésios 5, 25-26).

Então, se Cristo é a fonte de amor que esperamos incorporar, é importante seguir Seu exemplo e pedir a Deus que alinhe nossos objetivos com a Sua vontade. Desafios são difíceis por definição, mas com a graça divina podemos encontrar a força para nos levantar se cairmos e a coragem para continuar.

O Senhor estará ao nosso lado, porque disse: “Onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mateus 18,20). Reze um pelo outro, agradeça e peça a orientação de Jesus. Ele estará lá porque Seu Espírito Santo está em nós.

4. Buscar a ajuda mútua

Se desafiamos uns aos outros em um contexto de amor, isso nos permite crescer em maturidade sem nos sentirmos julgados. É muito difícil motivar alguém a crescer se ela se sente “destacada”, “punida”, “forçada” ou “coagida”. Devemos, então, evitar julgamentos ou má comunicação que poderiam transmitir a mensagem como se fosse um ultimato ou uma ordem.

Cada vez que queremos mudar o nosso esposo (ou nossa esposa) devemos lembrar que o mais importante é o amor e respeito. Se não somos capazes de nos comunicar com essas atitudes, é melhor não dizer nada até que possamos encontrar uma maneira melhor de fazer isso. Se a outra pessoa está com medo ou intimidada, como é o caso se nossas palavras parecem violentas para ela, dificilmente podemos esperar que a mudança seja genuína.

Depois que os desafios forem aceitos, devemos, então, nos concentrar em fazer o melhor para sermos um exemplo para nosso cônjuge e continuar a apoiá-lo no futuro. O progresso de cada um será o de ambos: “Deixemos, pois, de nos julgar uns aos outros; antes, cuidai em não pôr um tropeço dian­te do vosso irmão ou dar-lhe ocasião de queda” (Romanos 14,13).


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