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A vacina da Pfizer é segura e ética?

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Zelda Caldwell - publicado em 22/12/20
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Uma associação internacional de médicos católicos publicou um relatório explicando que a vacina da Pfizer é segura e não apresenta problemas éticos para os católicosA União Europeia acaba de autorizar a vacina da Pfizer/BioNTech para COVID-19, e começará a aplicá-la ainda esta semana. Centenas de milhares de pessoas no Reino Unido e nos EUA já foram vacinadas depois que esses países concederam autorização para uso emergencial no início deste mês.

Fatos para combater o medo

Para alguns, permanecem dúvidas sobre a segurança da vacina e se recebê-la seria compatível com o ensinamento moral católico. A Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos publicou uma análise da vacina, que deve ajudar a resolver todas as questões.

A breve revisão, compilada por Rok Čivljak, presidente da Sociedade Médica Católica Croata, fornece uma análise com base científica, mas com base católica, dos fatos sobre a nova vacina.

Segura, eficaz e ética, de acordo com os médicos católicos

Em sua conclusão, ele escreve que a vacina oferece 95% de proteção contra COVID-19, com apenas um pequeno risco de reações adversas de curto prazo. Além disso – afirma ele,= – é improvável que a vacina cause efeitos no longo prazo. E a vacina não apresenta “nenhuma barreira ética que impeça os católicos de serem vacinados”.

Aqui, resumimos a revisão de Čivljak de algumas das questões levantadas sobre a vacina da Pfizer e a resposta da comunidade médica católica.

1. O mRNA da vacina Pfizer/BioNTech COVID-19 será incorporado ao genoma humano?

O RNA mensageiro (mRNA) não entra, de fato, no DNA, portanto não há perigo de alterar o genoma humano. A forma como o processo funciona é: o mRNA é traduzido em proteína, neste caso, a proteína spike SARS-CoV-2. Dois aminoácidos nesta proteína são posteriormente modificados em um processo que produz altos níveis de anticorpos neutralizantes.

2. Existem consequências a longo prazo das vacinas de mRNA?

Visto que o mRNA se desintegra muito rapidamente – de várias horas a vários dias – é improvável que haja qualquer efeito de longo prazo da vacina. Por enquanto, parece que os possíveis efeitos colaterais de curto prazo podem incluir o mesmo tipo de efeitos indesejáveis ​​que vêm com a maioria das outras vacinas. Estes incluem inchaço e dor no local da injeção e gerais (febre, calafrios, dor de cabeça e mialgia).

3. A vacina poderá desencadear doenças autoimunes?

Como a vacina não possui um adjuvante (um agente que potencializa a reação imunológica), ela não desencadeia doenças autoimunes. Em estudos clínicos envolvendo mais de 50.000 participantes que receberam a vacina Pfizer, não houve efeitos adversos autoimunes durante o período de acompanhamento ativo de pelo menos quatro meses.

4. A vacina é fabricada e testada de forma ética?

As células embrionárias de crianças abortadas não são utilizadas na produção nem no teste da vacina de mRNA e não contêm componentes de origem humana. A vacina é um produto de engenharia molecular, água, sais de K + e Na + e um lipídio composto por ALC-0315 e ALC-0159 mais colesterol e outra molécula de lipídio.

As vacinas de mRNA são diferentes das vacinas de vetor de adenovírus, como a vacina produzida pela AstraZeneca (AZD1222, conhecida como vacina Oxford). Essa vacina foi produzida com células embrionárias de um bebê abortado na Holanda na década de 1970. As implicações éticas de receber esse tipo de vacina têm sido objeto de algum debate. Esta semana, a Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé divulgou uma declaração sobre a ética das vacinas.


Vacina covid-19
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5. Houve alguma reação adversa que não foi registrada durante os estudos clínicos de Fase 3?

No início da campanha de vacinação na Inglaterra (vacina Pfizer), vários dos vacinados desenvolveram reações alérgicas. Foi descoberto que eles já haviam sofrido de alergias graves. Essas reações alérgicas foram revertidas clinicamente. Portanto, foi imediatamente estipulado que aqueles que sabidamente são alérgicos a alimentos, vacinas ou medicamentos devem discutir a vacinação com seu médico e, se vacinados, fazê-lo sob supervisão médica.


Padre microbiologista Nicanor Austriaco, OP
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