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O que um homem cristão deve fazer se estiver com depressão?

CRISIS
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Theresa Civantos Barber - publicado em 15/03/21
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Livro aborda a perspectiva de um homem cristão sobre como conviver com a depressão e superar a doença Parece um estereótipo, mas uma pesquisa confirma: homens com depressão têm muito menos probabilidade de receber tratamento do que mulheres.

As razões para essa diferença são difíceis de desvendar. Podem ser, por exemplo, o estigma em torno de questões de saúde mental, a falta de apoio social ou desconhecimento dos recursos de saúde mental, entre outras coisas.

Seja qual for a causa, algo precisa mudar. Depressão e suicídio são as principais causas de morte entre os homens. Obter ajuda profissional  pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Os cristãos e a depressão

Um novo livro em inglês chamado Beauty in the Browns, pode ser útil para qualquer pessoa que enfrente a depressão – especialmente os homens cristãos. O autor, Paul Asay, é um escritor e crítico de entretenimento. Ele já publicou vários livros e escreve aqui na Aleteia também (clique aqui para ler seus artigos)

Asay não havia compartilhado publicamente sobre sua saúde mental até escrever seu novo livro, embora ele escreva para viver e tenha vivido com depressão por décadas. Mas ele foi inspirado a compartilhar sua história quando seu filho também teve depressão.

No livro, ele conta que demorou muito para buscar ajuda profissional. Como muitas pessoas, especialmente muitos homens, ele relutava em aceitar que precisava de ajuda.

“Acho que todos nós, especialmente os homens, gostamos de pensar que somos autossuficientes. Não precisamos de ajuda. Podemos nos levantar e superar tudo o que a vida nos joga” disse ele em entrevista a Aleteia. “Há mérito em pensar dessa forma, às vezes. Mas, honestamente, muitas vezes não é verdade e, eu acho, é um pouco anti-bíblico”, acrescentou.

Coragem para pedir ajuda

Para o autor, é preciso coragem para admitirmos que precisamos de ajuda. Mas permitir que outros nos ajudem faz parte do ser humano. Afinal, todos nós precisamos da graça de Deus e há uma profunda humildade em nos permitir aceitar ajuda.

“Devemos ajudar uns aos outros com nossos fardos. Devemos nos apoiar um no outro quando precisamos.Todos nós, sofrendo de depressão ou não, somos criaturas quebradas, que precisam da ajuda de nossos amigos, de nossa família e, mais especialmente, de nosso Deus”, explicou Asay.

Com o tempo, Asay diz que sua perspectiva mudou. Sua relutância inicial em obter ajuda profissional para lidar com a depressão foi substituída por um entendimento de que a saúde mental é outra faceta da saúde geral. Disse ele:

“Eu vejo assim: você quebra um braço e é óbvio que precisa de uma ajudinha profissional para consertar a coisa. Quando algo dá errado com sua mente, não é tão óbvio, mas a mesma dinâmica ainda está em jogo.

Claro, você pode conseguir esconder com mais eficácia do que um braço quebrado. Você pode até mesmo ignorar por um tempo. Mas se você deseja que melhore – se você deseja se sentir melhor – você deve procurar um especialista que possa te ajudar com isso.”

Saúde mental e vocação

Para os cristãos, pode ser útil considerar que procurar ajuda em relação à saúde mental pode ser uma parte importante do cumprimento de nossas vocações. Deus criou cada um de nós para uma missão e propósito específicos. Melhorar a saúde mental pode ajudar uma pessoa a cumprir essa missão da melhor maneira possível.

“Ninguém pode se considerar fraco por procurar ajuda para curar a depressão. Essa ajuda pode ser o catalisador para nos colocar de volta no caminho certo e fazer tudo o que Deus nos colocou nesta terra para fazer. Se somos verdadeiramente ferramentas nas mãos de Deus, devemos a nosso Criador ser o mais funcional possível – e isso significa obter ajuda quando precisamos”, finaliza Asay.



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