O Papa Francisco já determinou a redução de salários dos prelados, mas pode ser necessário fazer mais para recuperar as finanças O Vaticano informou que perdeu mais de US$ 108 milhões (cerca de R$ 605 milhões) desde o início da pandemia de Covid-19. Acredita-se que as perdas sejam, em grande parte, devido à queda da indústria do turismo em Roma. Especialistas sugeriram que as vacinas são fundamentais para a recuperação financeira do Vaticano.
Uma reportagem da CBS News sugere que mais perdas virão, já que o Vaticano anunciou no final de março que continuaria seguindo as restrições da Covid-19. De fato, as medidas anti-Covid fizeram com que os museus do Vaticano fechassem várias vezes desde março do ano passado, o que interrompeu uma de suas maiores receitas.
A falta de vendas de ingressos para os museus foi agravada pela perda do turismo em Roma. A Capela Sistina também é outro grande atrativo turístico de Roma, mas permaneceu vazia por muitos meses.
Esforço para equilibrar as finanças
Para tentar equilibrar as finanças, o Vaticano teve que encontrar outras maneiras de reduzir despesas. A Santa Sé reduziu os salários de cardeais, funcionários e religiosos. Os cardeais em particular tiveram uma queda de 10% em seus pagamentos.
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O Mons. Anthony Figueiredo disse à CBS News que há certa preocupação com a recuperação financeira do Vaticano. Ele disse que entre uma diminuição no número de fiéis, escândalos na Igreja e a pandemia mundial, pode ser difícil se recuperar. “É como estar em um ringue de boxe e não saber de onde virá o próximo soco”, afirmou.
O Vaticano se uniu ao esforço italiano de vacinação, o que poderia ajudar na retomada do turismo em Roma. O Papa Francisco liderou um esforço para vacinar 1.200 pessoas pobres e desabrigadas que moram nos arredores da Praça de São Pedro.
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