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São Jorge nos ensina a lutar contra nossos dragões

SAINT GEORGE
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Theresa Civantos Barber - publicado em 23/04/21
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Nossos dragões são internos (como tentações para o pecado) e externos, como circunstâncias difíceis de vários tipos

Você conhece a história de São Jorge e o dragão. Vou contar-lhes como ela impactou a minha família.

As visitas a campo são uma emoção para meus filhos, que estudam em casa. Eles ficam especialmente animados para visitar um museu de arte local depois de passarmos horas estudando um guia infantil sobre o assunto.

Eu os incentivo a se prepararem para a viagem fazendo uma lista das obras de arte que mais gostariam de ver.

“Eu sei o que quero ver”, exclamou meu filho de seis anos. “São Jorge matando o dragão!"

Eu sorri, sabendo exatamente por que, de todas as pinturas do guia infantil, ele escolheu aquela. Um dos livros favoritos de nossa família é uma releitura requintada de "São Jorge e o Dragão", repleto de ilustrações evocativas e uma narrativa verdadeiramente emocionante.

Não estamos sozinhos em levar a sério esta história. A lenda de São Jorge e o Dragão é conhecida e amada desde o século XII.

O engraçado é que essa história não é estritamente verdadeira, pelo menos não como pensamos. São Jorge foi um oficial do exército romano que provavelmente nunca encontrou um dragão. Em vez disso, o dragão da história pretendia simbolizar Satanás ou o mal de maneira mais geral.

No entanto, a popularidade da lenda só cresceu com o passar dos séculos. Então O que há neste conto que captura nossa imaginação de forma tão completa?

Podemos recorrer, como em tantas coisas, à sabedoria de C. S. Lewis e G. K. Chesterton. Ambos eram defensores francos dos contos de fadas e pareciam ter um senso intuitivo do tipo de história que as crianças gostam.

Lewis escreveu:

Por outro lado, Chesterton, explana:


As crianças, e realmente todos nós, queremos saber que o bem vence o mal. Queremos saber se temos o que é preciso para prevalecer quando o mal nos confrontar.

A história de São Jorge e o Dragão dá forma e substância à realidade intangível do mal. Isso significa que o triunfo de São Jorge também é o triunfo de Cristo. É a história mais antiga do mundo, e que ainda está sendo escrita todos os dias em nossas próprias vidas.

Minha frase favorita do livro São Jorge e o Dragão vem enquanto George se prepara para lutar contra o dragão. Ele tem a visão de uma “cidade alta” que simboliza o céu e, naturalmente, deseja ir para lá. Um santo eremita diz a ele,


Cada um de nós temos nossos próprios dragões, contra os quais devemos lutar. Todos nós temos um chamado que Deus colocou em nossas vidas para lutar em uma batalha específica. Nossos dragões são internos, como tentações para o pecado, e externos, como circunstâncias difíceis de vários tipos.

A história de São Jorge nos lembra de nunca perdermos a esperança. Como o próprio guerreiro sagrado, somos chamados a lutar contra nossos dragões com tudo que temos. E com a ajuda de Cristo podemos derrotá-los.

Para derrotar nossos próprios dragões, podemos tentar imitar estas 3 virtudes de São Jorge:

1Coragem


Coragem não é ausência de medo, mas sim sentir medo e escolher fazer a coisa certa de qualquer maneira. De acordo com a lenda, uma cidade inteira vivia com medo do dragão antes de São Jorge aparecer e enfrentar o desafio. Ele foi o único corajoso o suficiente para fazer o que precisava ser feito. Como São Jorge, podemos enfrentar nossos dragões com coragem, escolhendo o que é certo mesmo quando é difícil e assustador.

2Compaixão


A lenda diz que São Jorge se ofereceu para matar o dragão não porque ele próprio corresse algum perigo, mas para proteger a vida inocente de outras pessoas. Também há parte da lenda que diz que o rei da cidade recompensou Jorge com muitas riquezas, mas ele deu meia-volta e prontamente as deu aos pobres. Essas ações nos lembram do amor generoso de Cristo por nós e nos inspiram a imitá-los.

3Perseverança


A lenda conta que São Jorge quase foi derrotado várias vezes, mas nunca desistiu. Ele persistiu várias vezes e venceu no final. Portanto, podemos tentar novamente, mesmo quando as coisas parecem sem esperança.

Como São Jorge, estamos todos em nosso caminho para a “Cidade Alta” que cintila à distância, e sua história nos lembra do que é preciso para chegar lá. Quando algum dia nos aproximarmos de seus portões perolados, podemos esperar dizer com São Paulo e imitando São Jorge: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4, 7-8).

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