Os Manuscritos do Mar Morto estão sob análise de carbono-14 pela primeira vez em décadas. Desta vez, o processo incluirá um estudo paleográfico dos caracteres escritos. Os estudiosos acreditam que o acréscimo da paleografia, o estudo da caligrafia antiga, pode definir com mais exatidão a data em que eles foram escritos.
O site Jerusalem Post relata que o trabalho está sendo conduzido pela Universidade de Groningen, na Holanda. Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, relatórios preliminares sugerem que os pergaminhos podem ser mais antigos do que apontaram estudos anteriores. A última vez que os pesquisadores submeteram os pergaminhos à análise de carbono-14 foi durante a década de 1990.
A natureza destrutiva da datação por carbono 14 (radiocarbono) há muito impediu uma análise mais aprofundada do material histórico. O processo, que mede a degradação do nitrogênio no radiocarbono, requer o sacrifício de um fragmento do material. Avanços recentes nesta tecnologia, no entanto, limitaram o impacto desta técnica.
Encorajados pela nova tecnologia, os estudiosos escolheram 30 pergaminhos para examinar. É aqui que entra o departamento de paleografia da Universidade de Groningen. Ao apresentar suas descobertas a uma inteligência artificial de última geração, eles poderão analisar os caracteres escritos à mão .
Normalmente, esses caracteres seriam comparados a manuscritos antigos da mesma época. Ao examinar as diferenças mínimas no estilo, os paleógrafos podem rastrear a caligrafia em um determinado período de tempo . Nesse caso, porém, não há manuscritos da mesma época para se fazer a comparação.
Em vez disso, os pesquisadores compararão os pergaminhos entre si ou com os primeiros manuscritos que temos. Mas essa comparação deve trazer um obstáculo diferente. O pesquisador líder, Prof Mladen Popović, observou:
Enfim, apesar de a pesquisa ainda estar em andamento, os resultados preliminares deixam os especialistas otimistas de que poderemos em breve ter uma datação mais precisa dos Manuscritos do Mar Morto.