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São Bento: libertação e proteção contra a inveja

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Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 09/07/21
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São Bento foi alvo de muitas intrigas motivadas por inveja e também pela discordância em relação às suas regras. Não por acaso, escreveu uma das orações de proteção mais conhecidas pelos católicos

No dia 11 de julho, celebramos um santo bastante querido e invocado na piedade popular, principalmente pela proteção contra o mal: São Bento, Abade.

Nascido na cidade de Núrsia, Itália, São Bento viveu entre os anos de 480 e 547. Em 529, funda o Mosteiro Monte Cassino, fundamento da Ordem Beneditina. Em 534, começa a redigir a Regra, uma regulamentação da vida monástica.

São Bento foi alvo de muitas intrigas, motivadas por inveja e também pela discordância em relação às suas regras. Numa primeira ocasião, tentaram matá-lo colocando veneno em seu cálice. Contudo, ao ser abençoado por São Bento, o cálice partiu-se em vários pedaços.

Numa segunda investida, ao constatarem sua popularidade e o êxito dos trabalhos por ele desenvolvidos, tentaram arruiná-lo com todo tipo de calúnias, mas fracassaram. Desesperados, enviaram a ele um alimento envenenado, o qual foi retirado de suas mãos por um corvo e, mais uma vez, foi salvo.

A inveja traduz-se na tristeza sentida diante do êxito ou do bem-estar de outra pessoa e no desejo incontrolável de se apropriar disso. É um sentimento amargo de desgosto em relação às vitórias, às conquistas, à felicidade ou, simplesmente, ao jeito de ser daquele que é invejado.

São João Crisóstomo alertou: “Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam sequer os participantes da sua própria natureza”.

O coração do invejoso é egoísta. Quer só para si, por isso, às vezes, não basta ter, mas é preciso que o outro perca. Como está escrito no Livro dos Provérbios: “Um coração tranquilo é a vida do corpo, enquanto a inveja é a cárie dos ossos”. (Pr 14,30)

Nós temos que lidar com isso, porque às vezes somos invejosos. Devemos entender que admirar a beleza, o sucesso, a inteligência e esforçar-se para também alcançá-los não significa ter inveja. Mas, o fato de não ficarmos felizes com o bem-estar do outro, é o primeiro indício de que a inveja está brotando.

Não por acaso, São Bento é autor de uma oração da qual, particularmente, gosto muito, e recomendo que seja adotada para a autoproteção, não apenas contra a inveja, mas também como forma de manter-se a salvo de todas as ciladas preparadas pelo inimigo:

Na proximidade de uma pessoa invejosa, vale mentalizar essa oração. É muito importante ressaltar que, além de rezar pela nossa proteção e libertação individual, também devemos dedicar orações aos próprios invejosos, pedindo a Deus que os liberte desse sentimento, pois é um pecado capital, e, mais do que atingir aos outros, traz prejuízos a eles mesmos ao torná-los prisioneiros de suas amarguras e impedir seu progresso.

Assim, lembre-se: oração para si e para os outros nunca é demais.

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