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67% da população mundial vive em países que perseguem cristãos

Perseguição religiosa
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Francisco Vêneto - publicado em 09/08/21
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Além de regimes opressores, há também uma onda de sequestros de padres, seminaristas e freiras em várias partes do mundo

67% da população mundial vive em países que perseguem cristãos, violando gravemente a liberdade religiosa. Os dados vêm da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que elabora um amplo e detalhado relatório anual sobre as condições desse direito humano fundamental em todas as regiões do mundo. A edição mais recente do relatório é a de abril deste ano.

A instituição presta auxílio a cristãos necessitados mediante uma extensa rede de projetos de ajuda, atendendo a cada ano mais de 5 mil pedidos de socorro de bispos e superiores religiosos em mais de 140 países.

Na última sexta-feira, 6 de agosto, promovida pela própria fundação pontifícia, aconteceu em dezenas de países a sétima edição do Dia Mundial de Oração pelos Cristãos Perseguidos.

A iniciativa foi lançada em 2015 e, desde então, tem sido realizada anualmente no mês de agosto. A data escolhida evoca um dos mais emblemáticos episódios recentes que demonstram a atualidade e a gravidade da perseguição anticristã: na noite de 6 de agosto de 2014, nada menos que 100 mil cristãos foram forçados a abandonar as próprias casas na Planície de Nínive, norte do Iraque, para fugir do covarde e sangrento ódio jihadista do bando fanático Estado Islâmico.

As formas de perseguição continuam sendo muitas e graves. Há desde políticas explícitas de atropelo à liberdade religiosa, como a perpetrada pelos regimes comunistas chinês e norte-coreano, mas também continua havendo dramáticas ameaças do terrorismo islâmico. Na Nigéria, por exemplo, jihadistas do bando Boko Haram e da etnia de pastores nômades Fulani matam cerca de 17 cristãos por dia.

Nesse mesmo país, uma onda de sequestros de sacerdotes e religiosas tem assustado e colocado milhares de vidas de padres, seminaristas e freiras em risco permanente. O mesmo cenário está sendo visto em vários outros países da África, como o Mali, a República Centro-Africana, Burkina Faso e o Congo. Também há casos em alta na Ásia e mesmo nas Américas, sobretudo no Haiti e no México.

Regina Lynch, diretora de projetos da AIS Internacional, comentou em particular o drama dos sequestros:

"Estamos constatando que os sequestros, especialmente de sacerdotes e religiosas, se tornaram uma arma e um meio de pressão em vários países. Muitos sacerdotes e religiosas ficam desaparecidos durante anos. Outros membros da igreja não sobrevivem aos sequestros. Os sequestradores alcançam seu objetivo: aumentar o medo e o terror entre a população. Esta é uma situação preocupante”.

Na edição deste ano do Dia Mundial de Oração pelos Cristãos Perseguidos, todas as paróquias dos países participantes foram incentivadas a envolver os fiéis numa corrente de oração pelos cristãos perseguidos no mundo inteiro.

Saiba mais sobre as brutais e muitas formas da atual perseguição religiosa no planeta:

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