Inovação, ousadia, respeito… Os valores são a base da cultura de uma empresa. Amplamente exibidos, nem sempre implantados, eles constituem, no entanto, um elemento essencial da linguagem da companhia.
“Entramos na era dos valores”, afirma Fabienne Alamelou-Michaille, que é teóloga e autora do livro Manager avec son âme (“Gerente com alma”). Ela diz que, se as pessoas atribuem tanta importância a essa noção de valor, isso se deve a quatro fatores:
Este último fator é, sem dúvida, o mais essencial. Os valores constituem uma bússola para a ação. “Eles orientam e influenciam as atitudes e o comportamento”, continua Fabienne Alamelou-Michaille. “Os valores permitem que o líder e seus gestores, muitas vezes impactados pelas tensões impostas por injunções contraditórias entre o curto e o longo prazo, encontrem um referencial sobre o qual basear sua estratégia e suas decisões."
Diante das turbulências e mudanças que invariavelmente atravessam todas as empresas, os valores são fonte de estabilidade, consistência e ancoragem. Um valor suficientemente ancorado na empresa permite que seus funcionários se agarrem a ele para enfrentar qualquer reviravolta.
Por exemplo, uma empresa que escreveu "audácia" em seu DNA e se propôs a implantá-la diariamente por meio de tomadas de decisão rápidas e equipes ágeis terá mais capacidade para sobreviver em um mercado acirrado.
Ao mesmo tempo em que são um fator de estabilidade, os valores carregam consigo “um incompleto, um não-preenchido, como uma forma de tensão”, continua Fabienne Alamelou-Michaille. “Um valor empurra para frente. É um estímulo enraizado nas profundezas de todos, muitas vezes instilado desde a infância. Exige ação e, muitas vezes, pressiona para que se rebelem contra qualquer situação que pareça inconsistente com o que consideramos justo. Os valores têm um papel crucial na gestão, na medida em que constituem “motivações poderosas que orientam e orientam a ação”.