Nos últimos 30 anos, houve um aumento constante no número de jovens adultos que se identificam como “não religiosos”. Embora a fé costume ser transmitida dentro da família, é comum que muitos jovens de hoje cresçam escolhendo não praticar a fé de seus pais.
Há muitas razões para isso, mas um ponto importante é o estilo de paternidade (também chamado de estilo parental).
Até recentemente, não havia muita pesquisa focada em como os pais criam filhos que preservem a fé em Deus, mas Amy Adamczyk, professora de sociologia do John Jay College, em Nova York, e Christian Smith, sociólogo da Universidade de Notre Dame, decidiram analisar mais de perto essa questão.
Depois de examinar várias pesquisas e realizar mais de 200 entrevistas, suas descobertas foram publicadas pela Oxford University Press em um livro chamado Handing Down the Faith: How Parents Pass Their Religion on to the Next Generation.
Examinando os 4 principais estilos parentais comumente usados na psicologia hoje - autoritário, autoritativo, permissivo e negligente - Adamczyk e Smith descobriram que o estilo parental autoritativo é o que parece determinar melhor o sucesso na transmissão da fé aos filhos.
Aqui estão algumas das principais características do estilo autoritativo que podem ajudá-lo(a) na educação dos seus filhos.
1. Os pais e mães autoritativos colocam limites e perspectivas claras
Os pais/mães que colocam perspectivas claras para os filhos em relação a frequência na missa, observância religiosa, oração, caridade etc. dão aos filhos uma sensação de segurança, previsibilidade, pertença e sentido.
“Os pais/mães autoritativos estabelecem expectativas claras em relação à religião. Eles incentivam a participação dos filhos”, disse Adamaczyk a Religion News.
2. Os pais e mães autoritativos transmitem amor, afeto e respeito
Ao mesmo tempo em que estabelecem limites e perspectivas claras, os pais/mães que têm laços emocionais estreitos com seus filhos, que demonstram respeito e amor por eles, são muito mais propensos a ter filhos que continuem a praticar sua religião quando adultos.
“Parte da razão pela qual o estilo autoritativo é tão bem-sucedido é que as crianças querem imitar seus pais. Elas realmente gostam de se parecer com os pais”, disse Adamaczyk.
3. Os pais e mães autoritativos escutam e aprendem
Quando os pais têm respeito e amor genuínos pelos filhos, eles os ouvem — e aprendem com suas perguntas e comportamentos. As crianças podem querer saber mais sobre algum aspecto da fé, o sentido da vida ou o que certas orações ou histórias bíblicas significam. Essas perguntas fazem com que os pais estudem e aprendam mais.
Além disso, o crescente relacionamento das crianças com Deus e seus comentários e comportamentos em relação a Deus podem inspirar os pais em sua própria vida de fé.
4. Os pais e mães autoritativos falam e fazem
Os pais que são bem sucedidos em educar filhos na vida de fé não apenas falam — eles estão comprometidos com sua própria fé e prática religiosa. Suas ações se alinham com suas crenças — eles buscam ser testemunhas autênticas e crescer em sua fé.
Os pais que não têm medo de mostrar aos filhos que viver a fé às vezes pode ser difícil dão um exemplo que seus filhos podem seguir à medida que se tornam adultos.
5. Os pais e mães autoritativos assumem sua responsabilidade
Pais e mães bem sucedidos na transmissão da fé e da religião não apenas deixam seu filho(a) na igreja e esperam que alguém de lá cuide de tudo.
Trata-se de pais e mães que assumem a responsabilidade por seu papel central na formação de seus filhos na sua fé e religião. Isso inclui encontrar uma paróquia vibrante, boa catequese e grupos de jovens, mas também significa que, como pai/mãe, você percebe que é o principal educador de seu filho(a) e que aquilo que você faz como família tem o maior efeito no longo prazo.