O estudante nigeriano Chidiebere Ibe tem viralizado nas redes sociais com suas ilustrações médicas de bebês negros em gestação. O ilustrador autodidata chamou as atenções mundo afora com detalhados desenhos de anatomia que retratam pessoas negras, como foi o caso, em novembro, da ilustração de uma gestante e seu bebê nascituro: o desenho conquistou elogios da comunidade médica, da mídia e do público. Ibe tem mais de 142 mil seguidores no Instagram e, antes que o seu tweet original fosse apagado, obteve mais de 47 mil compartilhamentos e mais de 332 curtidas, segundo a NBC News.
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"Eu não tinha ideia do quanto precisava ver isso, até que vi!": esta reflexão, repetida por muita gente, foi ecoada também pelos apresentadores Gayle King e Nate Burleson, da rede CBS, em referência ao sentimento de sub-representação da comunidade negra no tocante a ilustrações médicas.
De fato, reduzir a negligência dos livros de medicina em relação às minorias étnicas é um dos objetivos de Ibe. Além da falta de ilustrações que representem uma comunidade historicamente marginalizada, ele observa que a falta de diversidade nos livros de medicina acarreta menor conscientização sobre como certos tipos de doenças afetam em particular os pacientes negros, tais como a dermatite seborreica.
A Dra. Kameelah Phillips destacou a importância do trabalho de Ibe ao ilustrar bebês negros em gestação:
Ibe é estudante da Universidade Médica de Kiev, na Ucrânia, e espera um dia realizar o sonho de se tornar neurocirurgião pediátrico. Enquanto isso, o estudante continua compartilhando as suas "ilustrações médicas etnicamente diversas" nas redes sociais, já realizando os sonhos de muitos.