Embora tenha um nome relacionado a um personagem bíblico, a origem da Cercis siliquastrum, mais conhecida como "árvore-de-Judas", não está estritamente ligada às Escrituras.
De fato, a árvore-de-Judas é relativamente comum no sul da Europa, Oriente Médio e Ásia Ocidental. É conhecida por sua abundante exibição de flores cor-de-rosa na primavera. Na verdade, é a primeira árvore a florescer após o inverno na Andaluzia, Espanha. As flores são comestíveis, e têm um sabor agridoce.
A origem do nome "árvore-de-Judas
Algumas tradições cristãs afirmam que Judas se enforcou em uma dessas árvores, fazendo com que suas (supostamente) flores originalmente brancas ficassem vermelhas. Acredita-se que essas tradições são o produto de uma derivação ligeiramente corrupta do nome francês dado à árvore, ou seja, “Arbre de Judée”, que na tradução literal significa “árvore-da-Judeia” – e não “de Judas”.
Outras tradições afirmam que, como algumas das flores e vagens da árvore pendem diretamente de seu tronco, elas lembram o suicídio de Judas.
Outra explicação baseia-se na falsa ideia de que a árvore matava as abelhas atraídas por ela, como se as "traísse". A cor brilhante e profunda das flores da árvore atrairia as abelhas, que seriam envenenadas - supostamente - por um opiáceo no momento em que tentassem coletar o pólen.
Essa crença parece nascer do fato de que as flores e a casca da árvore têm sido tradicionalmente usadas na medicina palestina para curar dores de cabeça e gripes.