Não é tão raro ouvirmos histórias de mães que passaram anos rezando pela conversão de seus filhos. Também não é tão raro ouvirmos filhos testemunhando de sua conversão graças à oração de suas mães. Não sei com você, que está lendo esse texto, mas comigo não foi diferente! Cresci em uma família de orientação e prática cristã: todo dia 13 rezávamos o terço com minha avó; pelo menos uma vez por mês recebíamos em casa a imagem de Nossa Senhora de Schoenstatt; participávamos com frequência de novenas, procissões e, sempre, das missas dominicais.
Quando criança, não podia dormir sem rezar pelo menos três ave-marias com minha mãe. Ela fazia questão e eu também!
Não fui uma adolescente muito difícil, mas foi nessa fase que tive minha primeira grande crise de fé. Na verdade, até então não tinha tido ainda a minha experiência pessoal com o Cristo. Tudo o que vivia era por tradição. Digamos que experimentava de uma fé “emprestada” e não vivida. Emprestada das minhas tradições familiares, mas não experienciada profundamente no meu cotidiano.
Então, comecei a questionar diversos hábitos dessa tradição cristã familiar. Lembro de alguns episódios: passei a recusar as habituais “três ave-marias”; passei a rezar de costas para a imagem de Nossa Senhora; questionava as orações repetitivas, como as do terço, e só participava da missa se fosse arrastada. Dentre essas diversas situações, lembro bem de uma que machucou particularmente a minha mãe. Aconteceu em uma adoração que participamos em família. Acredito que esta tenha sido a primeira adoração da qual participei. Nem entendi direito o que estava acontecendo.
Estávamos todos nós em uma capela. Eu devia ter uns 13 anos. O Santíssimo estava exposto e todos O adoravam fervorosamente. Particularmente, a minha mãe. Lembro bem dos seus olhinhos verdes bem fechados como quem quer se esconder no Coração do Pai. Naquele momento, não senti admiração alguma pelos que ali estavam, pelo contrário, senti um desprezo profundo por aquelas pessoas! Eu, no auge da sabedoria dos meus 13 anos, proferi uma série de sacrilégios contra o Santíssimo. Dentre eles o mais clássico: como é possível as pessoas se ajoelharem diante de um pedaço de pão?! A minha mãe com a sua, de fato, grande sabedoria, tentava me acalmar e me explicar os diversos dogmas da nossa fé. De nada adiantou naquele dia.
A força da oração das mães
Para encurtar a história, devo dizer apenas que ela, minha mãe, nunca cessou suas orações por mim. Ela nunca me disse, mas tenho certeza de que depois desse dia ela fechava ainda mais forte os seus olhinhos verdes e me consagrava particularmente à Nossa Senhora, que sempre foi sua companheira fiel. O fato é que suas orações foram ouvidas e, a partir dos meus 16 anos, tive diversas experiências de fé com este grande homem que é Jesus. Aos 24, decidi entregar definitivamente a Ele minha vida. Consagrei meu chamado ao matrimônio, meus estudos e meu trabalho na vivência de um carisma específico.
Hoje, carrego no peito uma cruz, uma bela cruz que chama atenção por onde eu vou. Uma cruz que fala do meu chamado, que fala da minha experiência e que fala desses olhos verdes que tanto rezaram e rezam por mim. Mães, seus filhos precisam de suas orações! Não desistam! Convido você, mãe, a participar dessa bela comunidade de oração rezando o terço pelos seus filhos: clique aqui para se inscrever.
Débora Moreira Araújo, pelo Hozana