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Sobre a morte, o morrer e o luto

CMENTARZ
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Hozana - publicado em 04/11/22
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A reflexão sobre esses três temas vai nos levar à resposta de uma pergunta importante: como gostaríamos de ser tratados quando a morte se aproximar?

A morte tende sempre a ser vista como um castigo, como o evento que nos rouba a oportunidade de seguir com a nossa vida, com nossos planos e nossas relações. Como se morasse em nós uma sensação de que jamais morreríamos de causa natural ou velhice, como se houvesse sempre uma ameaça se impondo sobre nós quando se trata de morrer, algo que não deveria acontecer e, portanto, em si mesma ligada a uma ação má, que clama por castigo. Desse modo a morte constitui um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal. 

Basta olhar para a história e ver que em todas as civilizações, de qualquer tempo ou cultura, desde os povos antigos, o homem sempre abominou a morte, e provavelmente, sempre a repelirá. Sempre houve no homem o reconhecimento de uma longa vida como benção e uma morte prematura como uma lástima. 

Em praticamente todas as culturas há um ritual de despedida, eles nos ajudam a aceitar a morte. Deixar que a criança participe desses rituais, e principalmente, tenha conhecimento da perda e participe das conversas, das discussões e dos temores envolvidos na morte, faz com que ela não se sinta sozinha na dor, dando-lhe o conforto de uma responsabilidade e luto compartilhados. É uma preparação gradual e um incentivo para que encare a morte como parte da vida, uma experiência que pode ajudá-la a crescer e amadurecer. Falaremos mais sobre isso no sexto dia do nosso estudo sobre a morte e o luto disponível na rede social de oração Hozana. 

Por que falar sobre a morte?

É preciso que falemos sobre a morte para que possamos conhecer como nossos amados gostariam de ser tratados no momento em que a morte chegar. E que tal aproveitarmos esse momento de reflexão para pensar e compartilhar a maneira que nós gostaríamos de ser tratados quando a morte se aproximar. 

A vida é feita de momentos, você já deve ter ouvido isso. Lembre-se que estar atento à vida é contemplar a morte, que não temos o menor controle sobre se a veremos chegar de mansinho ou se seremos pegos inesperadamente por ela. A vida é um presente, toda nossa atenção precisa estar nesse tempo, o hoje, cuidando de pensar no futuro, fazer planos, abrir diálogos sobre como desejamos e como decidimos viver e também, como esperamos ser tratados na hora que a morte vier ao nosso encontro. 

O luto

E finalmente sobre o luto. É necessário entender que de muitas formas, o luto pode ser considerado uma doença, mas pode também trazer força, aumentando nossa maturidade. A dor do luto é parte do nosso viver, é talvez, o preço que pagamos pelo amor, o preço do compromisso. Ignorar esse fato ou fingir que não é bem assim, é uma grande ilusão, que pode nos levar a ficar despreparados para as perdas que irão inevitavelmente ocorrer em nossas vidas, e também nos impedir de ajudar os outros a enfrentar suas próprias perdas. 

Luto é processo e não um estado. É um processo que costuma se apresentar num padrão de fases ou estágios que se sucedem até alcançarmos a aceitação. Cada uma das fases tem suas características e há diferenças consideráveis entre uma pessoa e outra, tanto no que se refere à duração quanto à forma de viver cada fase. Passar por cada estágio ou fase, não é um fim, é possível que anos após um processo de luto a pessoa encontre uma foto numa gaveta e seja tomada por um episódio de dor e saudade, que a fará voltar a uma determinada fase do luto, sem que precise reviver o processo todo novamente. 

Realmente acredito que deveríamos criar o hábito de pensar na morte e no morrer, de vez em quando. Antes que tenhamos que lidar com eles na vida. Na rede social de oração Hozana, você encontrará o retiro O caminho do luto: 4 dias de orações e reflexões, que tem como objetivo nos ajudar a enfrentar esses fatos com serenidade, paz e esperança na vida eterna. Clique aqui para se inscrever!

Psicóloga Lucilene Alciati, pelo Hozana

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