O que acontece quando os noivos, durante a festa de casamento, oferecem aos convidados a possibilidade de falar com um padre para se confessar ou pedir aconselhamento?
Alban de Robien, que se casou com Aude há quatro anos, disse à Aleteia: “Acho que oferecer a quem não é necessariamente muito religioso a oportunidade de rezar, confessar-se ou apenas conversar com um padre pode contribuir com algo essencial."
Ambos foram imediatamente atraídos pela sugestão do Pe. Paul Préaux, o sacerdote que celebrou o casamento deles. "Quando estávamos noivos, Pe. Paulo estava nos preparando para o sacramento do matrimônio. Um dia, ele sugeriu que o colocássemos à disposição de nossos convidados para a confissão durante a festa. Pe. Paulo nos disse algo que me impressionou muito: 'Um padre se desgasta quando não é usado'", explicou Alban.
Na recepção, havia quem se confessasse e outros se limitassem a fazer perguntas. O fato é que o sacerdote foi demandado durante todo o tempo. “Muitas coisas bonitas aconteceram durante a festa, talvez também graças às relíquias de São Luís e Santa Zélia Martin, que estavam presentes no local", explicou o noivo.
Na presença das relíquias de Louis e Zélie Martin
De fato, na capela onde o Pe. Paulo estava disponível para confissão, as relíquias dos Martins foram expostas no altar.
“Você não acha fundamental convidar alguns santos para o seu casamento para estarem bem acompanhados nesse dia?”, perguntou o Pe. Paul Préaux aos noivos. “Para sua futura vida de casados, convidei Alban e Aude a se inspirarem em figuras santas como Zélia e Luís Martin. Sugeri também que fizessem uma peregrinação ao Santuário de Alençon para rezar diante das relíquias antes do casamento", explicou o sacerdote.
O objetivo? Tornar os santos presentes durante toda a celebração do casamento e a vida a dois.
Uma abertura de corações
Durante a missa nupcial, Pe. Paul Préaux anunciou que estaria disponível durante a recepção. Assim que a festa começou, os convidados já estavam lá.
“É raro ter acesso a um padre desta forma e em um contexto que é ao mesmo tempo inspirador – porque é uma celebração do casamento – mas também doloroso para alguns, quando o casamento reflete para eles o fracasso de sua própria vida conjugal. Acho que a recepção do casamento é um ótimo momento para se tornar disponível. Faço-o com frequência, e cada vez vejo a imensa abertura dos corações. Tem algo que se transforma, uma graça que se espalha mesmo. Muitas situações de sofrimento e solidão me são confiadas: separações de casais, conflitos familiares, divórcios. O meu papel como sacerdote é dar-lhes Jesus e dar-me a mim mesmo assim que surgir a oportunidade", afirmou o padre.
A recepção do casamento de Alban e Aude foi um momento inesperado de abertura espiritual para alguns. Talvez seja uma iniciativa que deve ser imitada por outras pessoas que planejam a recepção do casamento.