Uma pesquisa recente do Pew Research Center descobriu que apenas 35% dos pais católicos dos EUA consideram "muito importante" educar seus filhos na fé.
Este levantamento revela um quadro sombrio para o futuro da frequência à missa - que, aliás, caiu significativamente desde o início da pandemia.
Entre os pais, a parcela de 35% que valoriza muito a transmissão da fé coincide exatamente com a que afirma dar pouco valor à educação católica dos filhos: outros 35%. No meio, 30% dos pais católicos disseram que isso tem "alguma importância". Os católicos que se consideram brancos não hispânicos se mostraram mais propensos (39%) que os católicos declarados hispânicos (29%) a dar grande importância à transmissão da fé.
A maioria das denominações protestantes apresentou taxas mais altas de respostas que afirmam ser muito importante transmitir sua fé. Os evangélicos brancos foram os que mais valorizaram (70%) a fé de seus filhos, seguidos pelos protestantes negros com 53%. Apenas os autodeclarados protestantes brancos não evangélicos mostraram níveis mais baixos de importância da transmissão da fé (29%) em comparação com os católicos.
Ao questionar os entrevistados sobre a frequência à missa, a pesquisa apontou correlação entre as tendências dos pais e o valor que atribuíam à fé de seus filhos. Os que frequentam a igreja semanalmente mostraram três vezes mais chances de querer que os filhos tenham uma fé forte (76% contra 21%).
Os católicos novamente espelharam o total de respostas dos norte-americanos no tocante a educar os filhos para ajudar os necessitados (81%) e a ser abertos em relação a pessoas diferentes deles (80%).
No geral, os norte-americanos são mais propensos a dizer que querem que os filhos herdem a mesma fé (35%) do que a esperar que eles optem pelo mesmo partido político (16%).
Indagados sobre estarem ou não criando os filhos do mesmo jeito que eles próprios foram criados, 43% responderam que os estão criando de maneira semelhante, enquanto 44% os estão criando de maneira diferente. Dos pais que estão criando os filhos de maneira semelhante à sua própria educação, 63% citaram a religião como muito importante, contra apenas 13% entre os pais que criaram os filhos de maneira diferente.