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De ateu a padre: “Deus conquistou meu coração em 30 segundos”

Père Krzysztof Kralka
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Marzena Devoud - publicado em 08/03/23
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O chamado à conversão veio por meio da voz de João Paulo II: “Senti alegria, liberdade e uma paz tremenda naquele momento"

Apenas 30 segundos. Isso foi tudo o que Deus precisou para mostrar a Christopher (Krzysztof) Kralka sua verdadeira vocação: o sacerdócio.

Esse jovem polonês havia se afastado completamente da Igreja. Por muitos anos, ele não cruzou a soleira de nenhum prédio religioso, convencido de que a Igreja era uma instituição atrasada e que nada tinha a ver com a visão de mundo moderna. Até o dia em que tudo mudou. E foi durante a viagem do Papa João Paulo II à Polônia, em agosto de 2002.

Naquele dia, o primeiro da visita papal, Cristóvão ficou aborrecido. Ele se perguntou como sobreviveria a esse evento, que estava sendo noticiado por toda a mídia do país. Claro, ao contrário da maioria de seus compatriotas, ele não tinha intenção de assistir às transmissões de televisão.

“Não tinha vontade de ligar a televisão, mas naquele dia senti uma pressão interior incrível: a pressão de ouvir as palavras do Papa. O tema da sua peregrinação foi uma frase da Bíblia: 'Deus é rico em misericórdia' (Ef 2,4). O Santo Padre explicou que Jesus morreu por todas as pessoas. Fiquei tão emocionado com as palavras daquele senhor que não conseguia me levantar da cadeira”, disse à Aleteia o homem que alguns anos depois se tornaria padre.

Quando começou a ouvir as palavras de João Paulo II, Christopher sentiu como se estivesse em uma espécie de êxtase. E quando seus pais lhe pediram para ajudá-los na jardinagem, ele recusou, dizendo que não podia sair da tela porque estava vendo o Papa.

“Eles pensaram que era uma desculpa para eu não ajudá-los! Mas eu estava tendo uma experiência de Deus, de seu amor e aceitação. Naquele momento, senti alegria, liberdade e uma paz tremenda. Agora sei que foi o Espírito Santo”, lembra. 

Uma voz interior sussurrou para ele que ele receberia um presente especial. “Quando eu disse ao Senhor que o estava escolhendo, quase imediatamente ouvi sua resposta em meu coração: 'Torne-se padre'”, diz ele.

Os 30 segundos

Pe. Christopher admite que, assim que esse momento passou, ele questionou sua realidade. “Depois que parei de ouvir o Papa, tive um momento de dúvida. Nesse ponto, eu disse 'não!' Eu não conseguia me imaginar como padre. Eu era o exemplo perfeito de uma pessoa anticlerical. Para mim, os padres pareciam pessoas inferiores. Humanamente falando, achava realmente a pior opção. Mas, internamente, não demorou muito para que a experiência se aprofundasse. Reconheci com alegria e alívio o caminho que Deus havia preparado para mim, e que era esse caminho que permitiria minha cura e me faria feliz”, explicou.

É por isso que, após cerca de 30 segundos, Christopher finalmente disse “sim” a Deus. “Foi um cálculo rápido. Percebi que ou levaria uma vida como tinha vivido até então, ou seja, mergulhada no pecado, ou escolheria uma vida na luz, como padre. E não foi uma decisão entre caminhos 'mais' ou 'menos' bons. Não, foi uma escolha entre a vida e a morte”, admite Christopher, que é padre palotino desde 2009.

Evangelizando os jovens

Antes, a vida do Pe. Christopher consistia em “fingir, mostrar meu melhor lado, o que significava constantemente colocar máscaras”. Mas Deus - diz ele - foi capaz de “romper toda aquela falsidade. (…) Não tenho dúvidas de que Ele continua a observar-me e a guiar-me. Ele está lá, cuida de mim, inspira-me na minha verdadeira paixão: evangelizar os jovens”. 

Atualmente, o sacerdote exerce seu ministério na escola de nova evangelização criada pelos palotinos. Ele lidera retiros espirituais de jovens.

“Tento mostrar aos jovens quem é Jesus, o que ele fez por nós e como pode nos libertar do pecado e da fraqueza. Eu explico o que acontece com uma pessoa que aceita Jesus em sua vida. Também lhes digo que não é humanamente possível vencer o mal sem Deus. Por fim, pergunto-lhes se querem que Jesus os liberte do pecado, ou seja, daquilo que não podem suportar. Cabe a eles decidir se querem dar a vida a Jesus, se querem que ele seja seu Salvador”, explica Pe. Christopher.

Ele conclui que seria bom para estes jovens saber que a Igreja tem um tesouro na pessoa de Jesus, que é a resposta para os nossos sofrimentos e dificuldades. O sacerdote entendeu isso dizendo “sim” a Jesus. Levou apenas 30 segundos para Jesus ganhar seu coração.

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