Em entrevista à emissora de rádio e televisão suíça RSI, transmitida neste último 12 de março, o Papa Francisco voltou a reforçar a sua necessidade de orações e a falar da graça que sente que recebe de Deus para ajudá-lo a realizar o seu ministério.
Por ocasião do 10º aniversário do seu pontificado em 13 de março, Francisco concedeu entrevistas, ao longo de quatro dias, a três meios de comunicação argentinos, um site de notícias italiano e uma rede suíça de TV e rádio, além de participar de um podcast com a agência oficial de notícias do Vaticano, a Vatican News.
Perguntado sobre como descreveria esta década de pontificado em uma palavra, o Papa respondeu simplesmente: “graça”.
"É a graça de Deus que faz tudo. Eu não pensei que estaria fazendo isso. Sinto todos os dias que o Senhor me ajuda, se eu estou aberto. Se eu me fecho, Ele não me ajuda".
Acrescentando que sente que Deus está perto dele, o líder da Igreja Católica descreveu "três atributos” que caracterizam Deus: “proximidade, misericórdia e ternura”.
"Deus está sempre perto de nós, sempre. Mesmo perto dos piores pecadores e delinquentes: Ele está perto, esperando. Ele é misericordioso. […] E Deus é terno. A ternura de Deus é uma coisa linda".
O Papa repete que precisa das nossas orações
Para receber esta graça e estar aberto a Deus, o Papa Francisco voltou a destacar que precisa que os fiéis rezem por ele - e estende o pedido inclusive aos não católicos.
De fato, quando perguntado se sentia “necessidade de receber orações”, o Papa respondeu:
"Sim, por favor. Porque eu não posso fazer isto sozinho. Tenho certeza de que todos rezam. Aos incrédulos digo: rezem por mim, e se não rezarem, mandem-me 'boas vibrações'. Um amigo ateu escreveu para mim: '… e mando boas vibrações para você'. É uma forma pagã de orar, mas é cuidar uns dos outros. Isso também é uma oração: amar uns aos outros é uma oração".