Durante a celebração da Missa, o sacerdote pode optar pela Oração Eucarística I. Durante essa oração, o padre menciona duas listas curtas de santos.
Além da Santíssima Virgem Maria, os santos mencionados são exclusivamente mártires, pois o martírio sempre foi visto como o sacrifício supremo que une uma alma ao sacrifício de Cristo na cruz.
Entre esses mártires mencionados na Oração Eucarística I estão Marcelino e Pedro, dois santos que são relativamente desconhecidos no mundo moderno.
No entanto, embora eles não sejam muito populares, seu exemplo era visto como altamente influente na Igreja primitiva.
São Marcelino era um sacerdote, e São Pedro, exorcista. Ambos serviram à Igreja Romana no século III. Eles foram martirizados durante a perseguição do imperador Diocleciano.
Pouco se sabe sobre esses santos, mas a tradição afirma que o Papa Dâmaso I compôs um epitáfio poético após a morte deles, quando o carrasco se converteu ao cristianismo.
De acordo com a New Catholic Encyclopedia, "a lenda afirma que os mártires foram decapitados depois de cavarem suas sepulturas em um bosque, mas suas relíquias foram milagrosamente descobertas e trazidas para a cripta".
De acordo com a história, os dois mártires apareceram em um sonho para uma mulher romana rica e mostraram a ela o local de seu martírio.
O Papa Vigílio introduziu seus nomes no Cânone da Missa no século VI, ao mesmo tempo em que restaurou o túmulo deles.
Os primeiros cristãos se reuniam com frequência na tumba, que mais tarde ficou conhecido como Catacumbas de Marcelino e Pedro. Essas catacumbas ainda hoje estão preservadas e contêm uma grande quantidade de afrescos antigos de cenas bíblicas e obras de arte cristãs primitivas.
Embora pouco se saiba sobre esses primeiros mártires, está claro que sua tumba foi um ponto focal para os cristãos em Roma e ajudou a preservar a fé durante um dos períodos mais difíceis da história da Igreja.
