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Teologia do Corpo: o plano de Deus para a sexualidade

Casal ao por do sol
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Hozana - publicado em 30/06/23
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Saiba como descobrir toda beleza da sexualidade e entender o plano divino para o amor humano

“Deus é amor” (I Jo 4,8). Deus não se tornou amor, mas é amor em sua essência, desde todo o sempre. Ora, como amar se não há o objeto a ser amado? A resposta surge nas origens, no Gênesis “Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26) Aqui há um destaque que a muitos passa despercebido: “semelhança”. Deus não criou o homem IGUAL a Ele, mas SEMELHANTE.

Para compreendermos o significado de semelhança, lembremos dos gêmeos. Dois irmãos gêmeos não são iguais, mas semelhantes. Podem se parecer em tudo, terem todos os traços físicos “iguais”. Mas, são diferentes um do outro. A impressão digital, olhos, boca, coração, etc. estão em um, mas não estão no outro. 2 é igual a 2 em quantidade. Mas, 2 irmãos gêmeos são semelhantes entre si.

Entendido que Deus cria o homem à sua semelhança, também o cria à sua imagem, tal qual uma imagem no espelho. Trata-se de uma imagem, mas não de sua realidade palpável, sensível. A consequência disto é que este ser criado jamais seria capaz de amá-lo na mesma intensidade.

Mais uma vez a Divina Sabedoria intervém na humanidade, ainda na primeira página do Gênesis: “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar que lhe seja adequada (…) E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. Eis agora aqui – disse o homem – o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher” (Gn 2, 18.22.23b)

O casamento entre Deus e o homem

Isto aponta para um segundo casamento. As núpcias do cordeiro. O casamento entre Deus e o homem. É incrível observar que a primeira e a última página das Sagradas Escrituras trazem o mesmo assunto: as núpcias, o casamento. “Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo”. (Ap 21,2)

Diante destes dois pontos – início e fim da Bíblia - a grande intuição é a seguinte: a união entre o homem e a mulher é um sinal de sacramento da união final do casamento entre Deus e o homem. Assim, o matrimônio humano da primeira página da Bíblia aponta para a última página da Bíblia, o casamento com Deus.

Achou complicado? Pois bem. Mais uma vez entra em cena o Todo-Poderoso e sua infinita sabedoria. Conhecedor do homem moderno, suscitou São João Paulo II como um luzeiro nestes tempos modernos sobre a teologia que envolve a relação entre homem e mulher e a sexualidade que os envolve.

Teologia do Corpo

Entre os anos de 1979 e 1984 o Papa João Paulo II proclamou a Teologia do Corpo, um conjunto de 133 catequeses, das quais 129 foram proclamadas nas audiências públicas de quartas-feiras (transformadas no livro “Homem e Mulher os Criou), no início do seu pontificado na Praça de São Pedro, no Vaticano. Ao longo destas catequeses ele nos ensina sobre a relação entre homem e mulher, além da sexualidade humana de maneira fiel à Igreja e, ao mesmo tempo, nova, direcionada ao homem moderno.

Por que o nome Teologia do Corpo? É o próprio Santo Padre quem explica em uma de suas catequeses. “O corpo, de fato, e só ele, é capaz de tornar visível o que é invisível: o espiritual e o divino. Foi criado para transferia para a realidade visível do mundo o mistério oculto desde a eternidade em Deus, e assim ser d’Ele” (Catequese 19, n.4). Desta forma, o corpo fala as realidades espirituais de Deus através do corpo.

Influenciado pela espiritualidade carmelita, reafirma o matrimônio espiritual da humanidade com Deus. Ninguém preenche ninguém, ninguém faz ninguém completamente feliz. Pois fomos feitos para o casamento com Deus. Por isto o casamento não é um empecilho entre Deus e o cônjuge, mas deve ser um trampolim para Deus, pois o desejo pelo(a) outro(a) é a busca pela felicidade perfeita que só acontece em Deus.

Corpo e alma

Ao olhar para o ser humano no seu corpo e na sua alma, é possível enxergar algo daquilo que é Deus e que, olhando para a forma como Deus se revelou em Jesus Cristo, é possível entender no Deus que se fez carne, corpo, algo do ser humano. Deus se revela no homem, e o homem revela Deus que se encarnou. “Pelo fato de o Verbo de Deus se ter feito carne, o corpo entrou pela porta principal da teologia (23,4), sendo Jesus a união entre Deus e a humanidade.

Porém, o diabo se apropria do instinto natural de todo ser humano pela sexualidade e a perverte. Os homens passam, então, a procurar no sexo “um deus alternativo”, transformando o trampolim em uma barreira. Busca na criatura este deus alternativo.

Quer descobrir toda beleza da sexualidade e entender o plano divino para o amor humano? Então, embarque com a Comunidade Semente do Verbo em uma grande jornada e acompanhe o retiro permanente “Amor e responsabilidade” na rede Hozana, com reflexões a respeito do conteúdo da Teologia do Corpo voltadas para sua vivência diária (clique aqui para participar).

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