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Como você deve lidar com os conflitos de relacionamento de seu filho(a)?

Family couple arguing Shutterstock

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Anna Ashkova - publicado em 04/07/23
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Diante de uma discussão ou de uma conversa tempestuosa, às vezes é muito difícil para os pais resistirem a defender o filho ou a tentar restaurar a paz no relacionamento. No entanto, isso não ajudará a resolver o conflito. Veja como agir:

"Admito que não deveríamos discutir na frente dos meus pais, mas nem sempre podemos controlar nossas emoções. De qualquer forma, mesmo eles estando presentes, não precisavam intervir. Pois naquele momento, tive a sensação de que todos estavam se unindo contra mim", disse Claire, de 30 anos, à Aleteia.

Por sua vez, Martin está feliz. "Independentemente de meus conflitos com minha esposa Claire, os pais dela sempre vêm em minha defesa, para que eu não me sinta sozinho na dificuldade", diz.

É uma postura que Claire observa atentamente. "Vejo isso como se meus pais quisessem mostrar a Martin que ele faz parte da família. Mas admito que às vezes acho injusto, afinal de contas, sou filha deles…".

De qualquer forma, os cônjuges pessoas sempre se machucam. Então, qual é a atitude correta a ser adotada quando seu filho(a) está envolvido(a) em uma briga doméstica? Você deve tentar resolver o problema, tentar fazer com que todos façam as pazes? Ou deve simplesmente escolher um lado?

Não há posição a tomar

"Em primeiro lugar, é importante enfatizar que os pais não precisam tomar partido no relacionamento do filho", explica Laurence de Saint Vincent, conselheira matrimonial e familiar em Paris.

"Os pais podem oferecer apoio e ajuda se puderem, e somente se o(a) filho(a) adulto(a) ou o casal pedir". Mas o que você deve fazer se seu filho(a) estiver envolvido em uma disputa doméstica? Como pai/mãe, essa situação pode ser dolorosa, e a necessidade de ajudar seu filho(a) pode se transformar em uma forma de defesa.

De acordo com a especialista, tomar partido não ajuda o casal a administrar o conflito.

"Durante muito tempo, minha mãe me defendia durante as discussões com meu marido. Com o tempo e a ajuda de um psicólogo, percebi que seu comportamento era muito intrusivo. Quanto mais ela me defendia, pior ficava a situação. Era como se ela estivesse acirrando os conflitos", lembra Isabelle.

"Esse é um assunto muito delicado. Quando a discussão ocorre na frente de um dos pais, pode-se dizer que ele ou ela se torna quase um refém do conflito que ocorre diante de seus olhos. Eles são envolvidos no conflito, apesar de si mesmos", observa Laurence de Saint Vincent.

Ela continua: "Você pode perguntar o que está acontecendo e se oferecer para ajudar. Como testemunhar uma disputa doméstica não é nada agradável, você também pode pedir ao casal que não discuta na frente de todos. Por que não sair da sala e dar ao casal um pouco de privacidade? Essa seria a posição mediana a ser adotada. Diga: 'Estou vendo que as coisas não estão indo bem, portanto, vou me afastar e deixar que vocês resolvam o problema'. É claro que, no final da discussão, é possível verificar se ambas as partes estão bem, sem interferir no relacionamento", explica Laurence de Saint Vincent.

Intervenha somente em casos de violência

Mas como você controla suas emoções quando vê seu filho(a) sendo abusado verbalmente pelo parceiro(a) e sofrendo com isso? Embora seja forte a vontade de dizer: "Como você ousa falar com ele(a) dessa forma?", Laurence de Saint Vincent aconselha que você preste atenção às suas emoções e resista à vontade de defender seu filho(a). E se for impossível resistir a não interferir, a conselheira matrimonial ressalta que seria "mais inteligente fazer perguntas mais abrangentes, como: 'você realmente quis dizer isso?'"

"O pai/mãe tem o direito de intervir na briga conjugal de um filho(a) somente se houver violência", conclui Laurence de Saint Vincent.

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