separateurCreated with Sketch.

4 bons motivos para não incomodar os avós

4 senior citizens on swings
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Cerith Gardiner - publicado em 06/09/23
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Numa época em que os jovens pais e mães se sentem esgotados, eis por que eles não deveriam ser muito exigentes com os próprios pais

Se você der uma olhada nas redes sociais hoje em dia, é difícil não encontrar postagens criticando os avós.

Existem artigos afirmando que as gerações mais velhas não se cuidam o suficiente. Outros reclamam que a vovó está interferindo demais. Há ainda aquele post que afirma que para os avós terem um papel ativo na vida dos netos, eles têm que cumprir um conjunto de regras estabelecidas pelos pais. Não há espaço para negociação.

Sou muito jovem para ser avó - tecnicamente não, mas meus filhos ainda não chegaram nem perto disso. No entanto, como uma mãe experiente de quatro filhos, lidei com as avós e os avôs na vida dos meus filhos por mais de duas décadas. E não posso deixar de sentir que, atualmente, os vovôs e vovós estão sendo tratados injustamente.

Aqui estão alguns argumentos.

1O processo de evnelhecimento

Em primeiro lugar, envelhecer é um privilégio. Meus avós morreram ainda jovens e, aos 10 anos, eu não tinha nenhum deles. Portanto, o fato de as crianças terem avós é uma bênção por si só - e não deve ser considerado um fardo. O tempo que passamos com nossos avós é algo para comemorar, não para reclamar.

Também é importante considerar o que os idosos estão passando. Os pais de hoje estão, com razão, focados em seus filhos pequenos - e na loucura que acompanha a criação dos filhos hoje em dia. No entanto, do outro lado do conflito entre gerações, os avós têm de enfrentar doenças, talvez insegurança financeira, e a consciência de que a sua jornada na terra está ficando mais curta. Pode ser um momento bastante assustador para eles. Eles podem se sentir solitários e vulneráveis. Assim como valorizamos nossos recém-nascidos, precisamos valorizar nossos idosos.

2Uma questão de respeito

Há também a questão do respeito. É difícil não notar que a sociedade parece mais centrada na juventude. Os desejos das crianças não são apenas vistos como mais importantes que os dos pais, mas também os dos avós.

Naturalmente, precisamos concentrar nossa atenção em nossos filhos, mas isso não significa que eles automaticamente dominem o mundo. Ensinar nossos filhos a respeitar os avós e os idosos em geral é um grande passo para moldá-los como indivíduos compassivos e atenciosos.

Meus pais criaram meus sete irmãos e eu para termos o maior respeito por nossos avós. Suas casas eram quase sagradas. Quando íamos visitá-los, tínhamos que levar em consideração a idade deles, os ruídos que eles conseguiam suportar e as diversas doenças que eles enfrentavam! Éramos incentivados a conversar com eles, comer o bolo de café (que aliás era algo que eu mal tolerava, mas era o favorito do meu avô) feito especialmente para a nossa visita e depois arrumar os jogos de tabuleiro que havíamos tirado do lugar.

Era uma ocasião emocionante? Não. Mas era necessária. Isso nos ensinou não só a respeitar as gerações mais velhas, mas também a dedicar tempo a pensar nos outros e a ter em conta as suas necessidades.

3Tudo tem seu tempo

Tenho uma amiga que ficou muito zangada durante o verão porque a mãe dela disse que não se sentia capaz de receber os quatro netos por uma semana. Expliquei a ela que achava que ela estava sendo muito exigente. Mesmo agora, com quase 40 anos, eu não tenho a mesma energia para cuidar de crianças pequenas.

Isso me fez pensar sobre que tipo de avó eu quero ser. Convivi com crianças durante toda a minha vida e trabalho com adolescentes. Eles são exaustivos. Posso prometer aos meus filhos que serei babá regular? Não.

Eu sei que estarei lá para qualquer emergência. E eu sei que vou amá-los de todo o coração. Mas não posso deixar de sentir que o meu dever como avó é mimar os meus netos - da forma mais sensata possível - quando os vir, e também deixar meus filhos assumirem a responsabilidade pelas vidas que criaram. Afinal, não há recompensa maior do que ver seus filhos crescerem e abrirem as asas.

4As coisas mudam

Enquanto meus irmãos e eu crescíamos, meus pais não tinham que lidar com assentos de carro - todos nós voávamos pelos bancos traseiros do carro com pouca noção de segurança. Muitas vezes, eu olhava (e ficava maravilhada) para meus pais perplexos enquanto eles lutavam com assentos elevatórios, telas nas janelas e berços dobráveis ​​quando cuidavam de um de seus 29 netos.

Às vezes, isso pode ser assustador e estressante para eles. Usar todos os confortos modernos e adotar todas as novas maneiras de fazer as coisas pode deixá-los com a sensação de que não estão à altura do trabalho. 

Pessoalmente, eu não queria que meus pais sentissem essa pressão, então meus filhos só ficavam lá se eu estivesse lá. Sinto fortemente que minha mãe e meu pai conquistaram o direito de colher o que plantaram. Quero que eles relaxem, vejam seus netos crescerem sem ter que fazer todo o trabalho duro e saibam que somos gratos pela vida que eles nos deram. E, para ser sincera, só quero apreciá-los enquanto puder.

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Aleteia vive graças às suas doações.

Ajude-nos a continuar nossa missão de compartilhar informações cristãs e belas histórias, apoiando-nos.

Top 10
See More
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!