Leigo dominicano do século XVI, São João Macías era amigo de São Martinho de Lima e o ajudava nas tarefas diárias. Uma das principais funções de João, ou Juan, era ir ao encontro dos pobres que chegavam ao seu convento peruano em busca de assistência material ou espiritual - muitas vezes, mais de duzentas pessoas por dia.
Além da sua disposição alegre e do seu ânimo incentivador, João Macías se tornou conhecido pela natureza às vezes milagrosa de seu serviço aos pobres. Todos sabiam que ele trabalhava muito para angariar donativos e depois distribuí-los. De fato, muitas vezes voltava de mãos vazias quando ia tentar obter ajudas, mas ainda assim, de alguma forma, conseguia jamais negar ajuda a ninguém.
Oração entre santos
A sua amizade com São Martinho de Lima (também chamado de São Martinho de Porres), outro santo da ordem dominicana, acabaria por levá-los a uma cerimônia de beatificação conjunta.
Os dois se encontravam frequentemente nas rondas diárias pela cidade e se tornaram grandes amigos espirituais. Eram fonte constante de incentivo um para o outro. Em 1837, foram beatificados juntos, pelo Papa Gregório XVI.
Durante a sua vida, São João Macías rezou frequentemente o rosário pelas almas do purgatório, como explica a Confraria dos Intercessores pelas Almas do Purgatório no seu site.
A iconografia, de fato, representa São João Macías libertando as almas do purgatório com o terço, que ele sempre manteve consigo como herança da mãe. Devido à sua constante oração mariana pelas almas do purgatório, seus biógrafos o chamam de "ladrão do purgatório" - e os artistas católicos frequentemente o retratam "roubando" almas do purgatório com o seu rosário.
Seu exemplo nos recorda a necessidade de orar por essas almas, bem como nos lembra do poder desta oração de intercessão.
No mês de outubro, dedicado ao santo rosário, temos uma excelente oportunidade para exercer esta magnífica obra de misericórdia. As almas que chegarem ao céu certamente retribuirão, intercedendo por nós que ainda estamos neste mundo.