Culturalmente, discussão na família é algo que sempre existiu. Os filhos, à medida que crescem, adquirem personalidade própria e as intrigas e brigas são comuns, e até mesmo salutar. Afinal, é em casa que se aprende a respeitar as diferenças, e compete aos pais ensinar a seus pupilos como apaziguar os ânimos diante das indiferenças.
Este é fato é tão normal, e até mesmo milenar, que há uma história bíblica sobre isto. E veja bem. O primeiro livro, Gênesis (capítulos 12 a 23), traz este relato.
Resumidamente, conta-se que existiu um homem chamado, inicialmente, Abrão, mais tarde Abraão, casado com Sara – que mais tarde teve também seu nome mudado para Sara – estéril. A história conta que ela decidiu que seu marido deveria ter um filho com sua escrava Agar. Consentido o pedido, Agar teve um filho com ele, chamado Ismael, seu primogênito. A história segue e ambos são visitados por anjos, que lhes dizem que Sara, idosa, teria um filho, o que de fato aconteceu. Dela nasceu Isaac, seu primogênito. E, não bastasse isto, mandou expulsar Agar de casa com seu filho.
Como disse anteriormente, esta história é muito parecida com os dias atuais.
Concluindo, o anjo afirmou a Abraão por duas vezes que seus filhos Ismael e Isaac teriam uma descendência imensa, incontável. Separados, a descendência de Isaac se tornou o povo prometido de Deus, que ocupou as terras de Canaã. Enquanto a descendência de Ismael tornou-se os ismaelitas, povo que vivia no Egito e que teve diversos encontros com o povo de seu irmão.
E agora vamos a cereja do bolo. De Isaac vêm os israelitas, o povo judeu. De Ismael, os palestinos.
E o que temos hoje? Uma guerra esdrúxula entre palestinos e judeus na Terra Santa. Uma guerra entre... IRMÃOS. Inacreditável, não?
Há alguém muito especial nesta descendência de Abraão: Jesus. Sim, Nosso Senhor é judeu. Não podemos dizer que era, pois Ele está vivo e não perdeu sua identidade judaica. Dá pra imaginar sua dor diante do que vemos hoje? Isto é semelhante a crucificá-Lo novamente. Afinal, foi pra isto que Ele veio: dar a vida em favor de seus irmãos. E aqui não podemos desprezar, em absoluto os judeus e palestinos.
E o que podemos e devemos fazer em reparação a esta crueldade que a mídia tem nos mostrado?
Ora, quando as brigas ocorrem dentro de casa, normalmente os pais entram para separar os “briguentos”. Também nas famílias há aqueles irmãos mais pacíficos. E é como estes irmãos que devemos agir. Como? Normalmente eles recorrem aos pais e pedem para que tragam a paz de volta a casa. E é exatamente isto que devemos fazer.
Temos sim o dever de pedir ao Pai Celestial que intervenha à sua maneira, do seu jeito paterno, para que a paz volte àquela terra por onde passou seu Filho unigênito.
Também podemos e devemos pedir ajuda à Mãe, Maria Santíssima. Afinal, como disse São Pio de Pietrelcina, não nos esqueçamos de que no Céu não temos apenas um Pai, mas também uma Mãe. E, sejamos francos. A mãe quando quer separar a briga dos filhos... é incrível. Com seu jeito materno, sua palavra doce, seus ensinamentos, as brigas cessam. Por isto, coloquemos nossos joelhos no chão e, com o Rosário nas mãos, peçamos a interseção de Nossa Senhora para que Seu Filho interceda ao Pai para que a paz volte aos seus irmãos judeus e palestinos.
Participe do Cerco da Misericórdia no Hozana e clame pela paz (clique aqui para participar)!
Wellington de Almeida Alkmin, pelo Hozana
