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A morte não é um mal irremediável

cemitério
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Hozana - publicado em 03/11/23
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A morte não deve ser vista como um castigo, como o evento que nos rouba a oportunidade de seguir com a nossa vida, com nossos planos e nossas relações

Se há uma palavra com a qual não conseguimos nos acostumar, é morte. Quando alguém próximo morre, é difícil ouvir essa palavra sem que seja despertado um sentimento de impotência. A morte é o que mais tememos. Sejamos ricos ou pobres, jovens ou idosos... percebemos que, quando se trata da morte, somos todos iguais! Somos todos impotentes e desamparados. Nosso Deus, porém, não é o Deus da morte, mas o Deus da Vida!

Pode ser perturbador para alguns, e eu entendo isso, ouvir que nosso Deus é o Deus da Vida e não da morte. Especialmente para aqueles que estão um pouco afastados da fé. Se ele é o Deus da vida, então por que perdi alguém que amo? Por qual motivo esse alguém “sofreu tanto e se viu diante do único mal irremediável, aquele que marca nosso estranho destino nesta terra: a morte? Este o fato inexplicável que une todos os vivos no mesmo rebanho de condenados, já que tudo o que está vivo é chamado a morrer” (O Jogo da Misericórdia. Ariano SUASSUNA). Para nós, cristãos, a morte não é um mal irremediável, mesmo que seja doloroso experimentá-la. Ela não é um mal irremediável porque não é o fim. A verdadeira vida é muito mais do que aquilo que podemos ver pois “Deus criou o homem para uma existência imperecível”. A morte é uma passagem, uma Páscoa!

O próprio Deus veio para nos mostrar isso. Por meio de Cristo, que morreu em uma cruz e ressuscitou, Deus nos mostra que a morte não é nada comparada ao poder da vida! E é isso que muda tudo! Por meio da fé, entramos nesse mistério, nessa esperança de que a vida eterna não é uma tolice ou apenas um desejo do coração, mas uma realidade! E como podemos provar ou explicar isso? Não sei... em todo caso, não posso fazer isso como uma equação matemática... Sei que a morte não é o fim porque todos nós temos esse desejo imensurável de viver! Sei que a morte não é o fim porque Jesus Cristo, nosso Deus, veio se juntar a nós para que pudéssemos ter vida nele.

Devemos, antes, celebrar a vida e honrar aqueles que passaram por nossas vidas aqui na Terra deixando sua marca! Devemos orar por eles, devemos dar graças, devemos dizer OBRIGADO! Agradecer pelo que pudemos experimentar e agradecer porque a morte não é o fim, porque “se já passamos pela morte com Cristo, cremos que viveremos com Ele”.

O Senhor nos convida a permanecer em traje de serviço. Ele nos convida a estar atentos à sua presença em nossas vidas. Ele nos convida a abrir nossos corações para que Ele possa entrar e viver nele. Acreditar não é primordialmente um ato intelectual! Acreditar é, antes de tudo, um ato de confiança! É como um ato de amor: por que fazemos isso ou aquilo? Porque amamos! Acreditar é amar! Porque acreditar é confiar, é deixar um lugar para o outro, para o Todo Outro. Significa viver com a certeza de que fomos feitos para a vida, porque nosso coração tem sede de vida! Acreditar é permitir que Cristo nos ajude a atravessar esta existência, com nossas provações, nossas dores, nossas alegrias e nossas tristezas, mas atravessá-la com confiança e a certeza de que tudo, absolutamente tudo, não termina aqui! E que o amor é mais forte do que tudo, porque a Vida é mais forte do que a morte! 

A morte não deve ser vista como um castigo, como o evento que nos rouba a oportunidade de seguir com a nossa vida, com nossos planos e nossas relações. Ela não deve ser encarada com um acontecimento medonho ou pavoroso. A dor do luto, porém, é parte do nosso viver, é talvez, o preço que pagamos pelo amor. O luto, porém, não deve se tornar uma prisão ou uma doença. Ele deve ser vivido como um processo e não um estado. Se você precisa rezar e refletir sobre isso, convido você a participar do retiro online, na rede social de oração Hozana: O caminho do luto: 4 dias de orações e reflexões (clique aqui para participar).

Padre Emmanuel Albuquerque, pelo Hozana

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