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Papa vista cemitério e pede que humanidade “pare de se matar em guerras”

Papa Francisco no Cemitério de Guerra de Roma no dia de Finados em 2023

Papa Francisco no Cemitério de Guerra de Roma no dia de Finados em 2023

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I. Media - publicado em 03/11/23
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Francisco celebrou a Santa Missa neste Dia de Finados entre os túmulos de soldados mortos na Segunda Guerra Mundial

Nas guerras, mesmo o vencedor tem sempre um preço a pagar, alertou o Papa Francisco ao celebrar a Santa Missa deste Dia de Finados num cemitério de soldados mortos durante a Segunda Guerra Mundial, situado no bairro de Testaccio, em Roma.

Na homilia improvisada, o papa exortou as cerca de 300 pessoas presentes, abrigadas sob guarda-chuvas, a rezarem pela paz, "para que as pessoas parem de se matar nas guerras".

Papa Francisco no Cemitério de Guerra de Roma no dia de Finados em 2023

Apontando para os 426 túmulos de soldados da Commonwealth, Francisco lamentou as "vidas despedaçadas" e "sem futuro" daqueles homens, a maioria dos quais tinha "entre 20 e 30 anos de idade". Antes da cerimônia, o Papa prestou homenagem no memorial e depositou uma coroa de flores. Disse que pensou nos pais e nas mães que perderam os filhos no campo de batalha e acrescentou que se entristece com "tantas lágrimas".

O pontífice, que em breve completará 87 anos, deplorou também as guerras de hoje:

"A mesma coisa continua acontecendo agora: tantas pessoas, jovens, adultos, estão envolvidas em guerras em todo o mundo, inclusive nas mais próximas, na Europa (…) Quantas pessoas morrem! Vidas são destruídas sem nos darmos conta".

Olhar com esperança

Apesar de tudo, o papa convidou-nos a "olhar para frente com esperança", afirmando que "a esperança nunca desilude" e que ela deve ser vivida "cada dia, cada momento", porque "nos faz avançar, nos ajuda a resolver problemas, a procurar soluções para tantos problemas".

O pontífice argentino exortou-nos a recordar o bem que foi feito por aqueles que nos precederam e a confiar na "grande misericórdia do Senhor" em relação àqueles que "não conseguiram fazer muito bem".

No momento da consagração, o Papa Francisco permaneceu no altar ao lado do celebrante, em sinal de melhora das suas condições físicas. Em recente entrevista à televisão pública italiana, o pontífice havia contado que o seu joelho está se recuperando: "Consigo andar bem agora".

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