Ao longo do ano litúrgico, tanto o Glória como o Aleluia são cantados quase todos os domingos. Eles são uma característica da Missa com a qual muitos de nós estamos familiarizados e que esperamos sempre que assistimos à celebração.
O interessante é que o Aleluia é cantando durante o Advento, enquanto o Glória é omitido no tempo de preparação para o Natal e na Quaresma. Vale lembrar também que não se canta o Aleluia durante a Quaresma.
Dom Prosper Guéranger explica que, à primeira vista, isso parece uma contradição:
"Aqui está uma característica que distingue mais marcadamente o Advento da Quaresma: a palavra de alegria, o alegre Aleluia, não é interrompido durante o Advento…É cantado nas Missas dos quatro domingos e contrasta vividamente com a cor sombria das Vestimentas".
No entanto, há uma razão para manter o Aleluia durante o Advento, como explica Guéranger:
"[A Igreja] não esquece que o Emanuel já veio até ela, que está nela e que antes mesmo de ela abrir os lábios para pedir-lhe que a salve, ela já foi redimida e predestinada a uma união eterna com ele. Esta é a razão pela qual o Aleluia acompanha até os seus suspiros e por que ela parece estar ao mesmo tempo alegre e triste, esperando a chegada daquela noite santa, que será mais brilhante que os dias mais ensolarados e na qual a sua alegria expelirá toda a sua tristeza."
O tempo do Advento é muito diferente da Quaresma. A Quaresma é muito mais um período de penitência e tristeza, relembrando o sacrifício de Jesus na cruz.
O Advento, por outro lado, aguarda com alegria a vinda do nosso Salvador, que já veio e está conosco agora.
É justo, portanto, que o Aleluia seja mantido e nos encha de alegria num período de alegre expectativa.