Mediante seus representantes locais na cidade de Baoding, na província de Hebei, o regime comunista chinês impediu que as crianças participassem das celebrações do Natal na catedral da cidade, dedicada a São Pedro e São Paulo, alegando que "havia muitas pessoas" no interior do templo.
Segundo a agência católica AsiaNews, policiais cercaram a catedral e impediram que os pais entrassem com os próprios filhos.
A alegação de que a medida se devia à lotação do templo, porém, soa pouco plausível quando se sabe, com base em acúmulo de outros dados, que as autoridades comunistas coíbem sistematicamente a prática da fé católica na China. Além de impedirem a entrada das crianças, de fato, as autoridades comunistas de Baoding também proibiram o tráfego de veículos após as 16h nos arredores da catedral.
Baoding passa longe de ser um caso isolado. Em Donglu, cuja igreja preserva a imagem de Nossa Senhora da China, o templo também foi cercado pela polícia uma semana antes do Natal, intimidando os fiéis e limitando a sua afluência.
Caso os episódios nas igrejas pareçam coincidência, é útil saber que estudantes universitários da região foram comunicados de que, neste ano, seria obrigatório permanecerem dentro do campus na véspera de Natal - o que os impediu, na prática, de participar das celebrações natalinas. As autoridades comunistas locais ainda impediram que os estudantes utilizassem nos dormitórios universitários quaisquer objetos ligados ao Natal.